22 de Novembro de 2024

Protesto reúne centenas em frente à Casa Branca contra decisão sobre aborto


Jorge Dastis/EFE

Centenas de pessoas se reuniram em frente à Casa Branca neste sábado, 9, para protestar contra a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de anular a proteção do direito ao aborto que vigorava há 50 anos. A manifestação, organizada pela Women’s March, será replicada ao longo do dia em diferentes cidades dos EUA, como Nova York, Los Angeles e Chicago, liderada pela organização Rise Up 4 Abortion Rights. Algumas manifestantes explicaram à Agência Efe que este é o maior protesto já visto em Washington desde que o esboço da decisão da Suprema Corte foi vazado à imprensa, no início de maio. “Penso que teria sido ainda maior se não fosse a chuva”, disse Diana, que acredita que as pessoas “estão prontas para fazer algo, e também estão prontas para a desobediência civil”. Segundo ela, os protestos “vão ficar ainda maiores se ninguém fizer nada”.

Junto a Diana estava Cherry, que viajou do estado de Ohio para protestar em Washington depois de saber que uma mulher no seu próprio estado teve negado um aborto que necessitava para fazer quimioterapia. Cherry também se referiu a uma menina de 10 anos de idade que supostamente teve de viajar de Ohio, onde foi determinada a proibição total do aborto após seis semanas de gestação, para o estado de Indiana, onde a interrupção médica da gravidez é permitida até a 22ª semana. “Todas podem se dar o luxo de viajar para outro estado? Acho que não”, lamentou a mulher, ao considerar “cruel” a decisão da Suprema Corte.

Quando os manifestantes chegaram à praça atrás da Casa Branca, muitos penduraram as suas bandeiras verdes, um símbolo de protestos a favor do direito ao aborto, na cerca de metal que rodeava a residência do presidente Joe Biden. “É uma grande multidão, já não vou a um protesto deste tamanho há muito tempo”, comentou Carissa, uma jovem do estado de Michigan que veio à capital dos EUA com a sua amiga Natalie para se “sentir parte de algo maior”. Ambas têm dúvidas sobre a ordem executiva que Biden assinou na sexta-feira, em uma tentativa de responder às críticas de alguns membros do Partido Democrata que acusam o presidente de não fazer o suficiente para responder à decisão do Supremo e assegurar o acesso ao aborto. Elas acreditam que a ordem não terá efeito prático porque não estabelece um estado de emergência sanitária, como alguns ativistas pedem, permitindo que as pílulas abortivas sejam enviadas para estados onde o aborto não é permitido.


Fonte: jovempan

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