O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostrou impaciência com os protestos contra seu plano de reforma judicial, que ganharam força neste final de semana no país, e convocou integrantes do governo neste domingo, 9, para discutir ações de repressão às manifestações. Organizadores afirmaram que cerca de 180 mil pessoas foram às ruas de Tel Aviv durante este sábado, 8, na 27ª semana consecutiva de protestos contra a reforma judicial promovida pelo governo conservador. O projeto, que busca aumentar o poder do Parlamento sobre o da Suprema Corte, volta à análise do Legislativo nesta segunda-feira, 10. Críticos apontam que a proposta abre caminho para abusos de poder.
O projeto de lei tenta anular a possibilidade de o Judiciário se pronunciar sobre a “razoabilidade” das decisões do governo. Isso afetaria, entre outras coisas, a nomeação de ministros. Em janeiro, Netanyahu foi obrigado a afastar o número dois do governo, Aryeh Deri, condenado por fraude fiscal, após intervenção da Suprema Corte. Formado em dezembro do ano passado, o governo atual tem o apoio de partidos de extrema direita e formações judaicas ultraortodoxas.
* Com informações de agências internacionais.