Por 35 votos a 25, o Diretório Nacional do PSOL oficializou, em conferência eleitoral realizada neste sábado, 30, o apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. A cúpula do partido também decidiu apresentar propostas para um evento governo do petista. Entre as sugestões estão a revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos, assim como a proposição de criar um novo marco fiscal. A decisão dos socialistas é importante porque esta é a primeira vez, desde que foi criado em 2006, que a sigla apoia o PT no primeiro turno da eleição presidencial e deixa de lançar um candidato próprio. Entre 2006 e 2018, os presidenciáveis foram, respectivamente, Heloísa Helena, Plínio de Arruda Sampaio, Luciana Genro e Guilherme Boulos.
“A união da esquerda em torno da candidatura de Lula é sem dúvida a melhor tática para derrotar Bolsonaro. Estamos felizes e esperançosos com essa decisão. Na semana que vem já iniciaremos as conversas para participar do conselho político da campanha e da coordenação do programa de governo”, disse neste sábado o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros. “O próximo passo agora será abrir diálogo com a Rede Sustentabilidade para que a nossa federação, fechada neste mês, possa formalmente compor a coligação com o PT”, acrescentou o dirigente. Além do PSOL, Lula e o PT contam com o apoio do PSB, partido que indicará o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para o posto de vice-presidente, da Rede Sustentabilidade, do Partido Verde (PV) e do Solidariedade. A sigla comandada pelo deputado federal Paulinho da Força fará um ato, na terça-feira, 3, para oficializar a aliança com o ex-presidente. Além disso, Lula tenta atrair o PSD de Gilberto Kassab – o dirigente afirma que o partido pode lançar uma candidatura própria, mas lideranças no Amazonas e na Bahia já declararam apoio ao petista.