O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não vai comparecer ao enterro de Yevgeny Prigozhin, informou o Kremlin nesta terça-feira, 29. “A presença do presidente não está prevista. Não temos informação específica sobre os funerais”, disse à imprensa o porta-voz Dmitri Peskov. O líder do grupo Wagner morreu na quarta-feira, 23, quando o avião em que viajava para noroeste de Moscou caiu. “A decisão a esse respeito é dos familiares, não podemos dizer nada aqui sem eles”, argumentou. Seu funeral poderá ser realizado nesta terça-feira, 28, ou na quarta-feira, 30, no cemitério de Serafimovski, em São Petersburgo, no Severnoe ou Beloostrovskoe – onde uma alameda foi inaugurada em dezembro do ano passado para homenagear a memória dos mortos na guerra na Ucrânia. Os locais estão isolados pela polícia, mas ainda não está claro onde será realizado o sepultamento.
O portal de notícias russo “Fontanka”, citando fontes próprias, destaca também que não há previsão de celebrações de missa de corpo presente nesta terça, o que indica que o enterro de Prigozhin não seria nesta terça. No Serafimovski estão enterradas personalidades ilustradas do país, incluindo militares, artistas, cientistas e políticos. Nesse cemitério também jazem os restos mortais dos pais do presidente russo. O pai de Putin foi um veterano da Segunda Guerra Mundial e sobrevivente do Cerco a Leningrado. Espera-se que Prigozhin seja enterrado com honras militares devido ao seu envolvimento na invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia e à medalha de Herói da Rússia que ele supostamente recebeu em segredo.
O Comitê de Instrução da Rússia (CIR) confirmou no domingo que o corpo de Prigozhin e os outros nove falecidos no acidente de seu avião foram identificados. Segundo o CIR, a identidade dos ocupantes do avião foi confirmada por análises comparativas de DNA. A morte de Prigozhin no acidente de avião levantou suspeitas dois meses depois de ele ter liderado uma rebelião contra o Exército regular russo. Governos ocidentais apontaram o dedo a Putin, que classificou o líder paramilitar como “traidor” após a rebelião abortada. O avião Embraer Legacy 600 de Prigozhin, que caiu por razões desconhecidas cerca de 300 milhas a noroeste de Moscou, quando voava da capital russa para São Petersburgo, incluía também o comandante principal e cofundador da empresa mercenária, Dmitry Utkin.
Até o momento, as investigações não permitiram esclarecer as causas do incidente, que podem ter sido provocadas por uma explosão a bordo, uma falha técnica ou até mesmo um erro do piloto. Alguns veículos de comunicação levantaram as hipóteses de o avião ter sido abatido, intencionalmente ou por engano, por mísseis das unidades de defesa aérea que protegem uma residência do presidente russo, Vladimir Putin, situada junto à rota que o avião seguia. O Kremlin rejeitou veementemente as acusações de oposição e as declarações de políticos ocidentais de que Putin poderia estar por trás da queda do avião de Prigozhin. Além do líder do grupo Wagner, também está sendo realizado o funel do outro líder do Grupo Wagner que morreram no acidente. Os membros do grupo se despediram nesta terça de Dmitri Utkin, fundador da empresa mercenária russa, que também viajava no avião.
*Com agências internacionais
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.