22 de Novembro de 2024

Qualificação e chances de trabalho aceleram procura por intercâmbio


Mesmo com a alta do dólar, a procura por intercâmbios disparou em Bauru, atingindo, em algumas agências, números até melhores do que o período pré-pandemia. A combinação de vacinação, reabertura de fronteiras e busca por qualificação e melhores oportunidades de trabalho tem impulsionado cada vez mais pessoas a se aventurarem em terras distantes, apesar da desvalorização do real. O perfil de clientes também tem mudado. Em algumas empresas, jovens recém-formados têm dado lugar a pessoas entre 25 e 40 anos.

"O movimento não para, fazemos orçamentos o dia todo", afirma Júnior Borges, diretor de uma franquia da CI, agência de intercâmbio. Depois de ver o faturamento despencar 90% em 2020, agora ele comemora a retomada. O número de clientes já se aproxima do cenário de 2019. "A maioria é porque o mercado de trabalho desaqueceu, não está fácil conseguir emprego. Então, querem aproveitar para se qualificar e, quando voltar, conseguir uma recolocação", explica.

Com a alta do dólar, a estratégia tem sido oferecer parcelamentos mais extensos. "Tem que dar uma condição diferenciada, esperar por uma promoção, porque a moeda estrangeira impacta bastante. O intercâmbio fica 30% mais caro do que dois anos atrás. Outra alternativa é escolher um destino mais acessível".

Na loja da empresária Priscila Prado Lyra e Silva, uma franquia da IE, o movimento disparou no segundo semestre. Entre julho e novembro, o faturamento bateu o recorde dos últimos cinco anos, aumentando 30% em relação a 2016. Os principais destinos são Irlanda, Canadá e EUA, países que permitem trabalhar e estudar. "O perfil mudou. Hoje é um pessoal na faixa dos 25 a 40 anos", afirma a franqueada. Outra mudança foi no comportamento do cliente. "Antes, entre primeiro contato e fechamento, levava cerca de 90 dias. Agora, caiu para 20 a 30 dias. O que é muito impressionante quando vemos que são programas de custo médio entre R$ 15 mil e R$ 35 mil".

PLANEJAMENTO

Desde março, Fernanda Alves, de 29 anos, trabalhou como consultora de intercâmbio em uma agência. Foi então que percebeu ser possível realizar um antigo sonho. "Quero ser comissária de voo. A fluência em inglês é fundamental", afirma.

No fim de novembro, ela embarcou para uma temporada de trabalho de quatro meses nos Estados Unidos, a fim de ganhar experiência e aprimorar o idioma. "Acho que, antes, eu não tinha maturidade. Hoje, a cabeça é diferente. Também vi que era possível me organizar financeiramente. E ainda dá para recuperar todo o investimento, porque vou ganhar em dólar", explica.

Outra importante via para o intercâmbio são as seleções do Rotary, paradas desde o ano passado por causa da pandemia. Para 2022, a associação em Bauru já dá como certa a retomada do programa, que, além de enviar, recebe jovens no Brasil. "O intercâmbio é uma troca importante. Fez muita falta não poder realizá-lo", afirma o presidente do Rotary em Bauru, Eudes Soares de Sá Nóbrega.

Emissão de passaportes segue baixa

Se os intercâmbios estão em alta, o número de passaportes emitidos em Bauru ainda está longe do período pré-pandemia. Segundo o Sistema Nacional de Passaportes (Sinpa), de janeiro a outubro de 2021, foram emitidos 14,9 mil documentos. No ano passado, no mesmo período, foram 15,4 mil. Em 2019, nesses dez meses, foram 43,9 mil.

A pandemia, com o consequente fechamento de fronteiras e o temor em relação às condições sanitárias, é a explicação óbvia para a queda, segundo informações do Setor de Passaportes da Polícia Federal em Bauru.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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