Vários países ofereceram assistência ao Irã após a queda do helicóptero que transportava o presidente Ebrahim Raisi, de 63 anos, neste domingo (19). O acidente ocorreu próximo a Jolfa, na fronteira do país com o Azerbaijão, numa parte remota, o que desencadeou uma grande operação de busca e resgate em meio ao mau tempo e neblina pesada. O paradeiro do presidente ainda é desconhecido e o local exato da queda ainda não foi identificado.
Autoridades iranianas afirmaram que a vida de Raisi estava em risco após a queda. O primeiro-ministro do Iraque instruiu o Ministério do Interior de seu país a oferecer ajuda na busca pelo helicóptero desaparecido. O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou estar ao lado do Irã e preparado para oferecer qualquer assistência necessária.
A agência nacional de emergência da Turquia enviou 32 socorristas e seis veículos para auxiliar nas operações de busca. O presidente turco expressou esperança em receber boas notícias de Raisi e sua delegação o mais rápido possível. O Irã havia solicitado um helicóptero de busca e resgate com capacidades de visão noturna.
A União Europeia ativou seu sistema de satélites Copernicus para oferecer serviços de mapeamento de emergência. O objetivo é auxiliar as autoridades iranianas a obter uma melhor visibilidade da área onde se acredita que o acidente tenha ocorrido.
O acidente ocorre em um momento sensível para o país, que enfrenta protestos em massa e desafios econômicos. Eleito em 2021, Raisi é uma figura proeminente no Irã e como presidente supervisiona todo o trabalho do governo. É a segunda pessoa mais poderosa na estrutura política do Irã, depois do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, do qual é apontado como protegido e possível sucessor para sua posição na teocracia xiita do país.
Ele é visto como um político linha-dura e ultraconservador. Raisi, de 63 anos, é um clérigo religioso linha-dura que foi eleito presidente do Irã em 2021. Em seu mandato como presidente, ele supervisionou uma estratégia para expandir a influência regional de seu país.
Apoiou militantes por procuração em todo o Oriente Médio, acelerou o programa nuclear do país e levou o Irã à beira da guerra com Israel. No entanto, no mesmo período, o Irã passou por seus maiores protestos contra o governo em décadas e por uma grave desaceleração econômica causada por sanções internacionais e alto índice de desemprego.
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: jovempan
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