O Vaticano vai oficializar nesta segunda-feira, 24, Benigna Cardoso da Silva, a Menina Benigna, como primeira beata do Ceará e quarta mártir do Brasil. A cerimônia estava prevista para 2020, mas foi adiada por causa da pandemia de Covid-19 e foi autorizada pelo Papa Francisco em 2019. Sendo a mais nova de quatro irmãos, Benigna se tornou símbolo dos católicos do Ceará depois de ter sido assassinada com golpes de facão em outubro de 1928 após recusar ter relações sexuais com um jovem de 17 anos que vivia em Santana do Cariri, a 523 km de Fortaleza. O corpo foi encontrado por Cirineu, um de seus irmãos, e foi levado para perícia antes de ser sepultado. O assassino, Raul Alves Ribeiro, foi preso após alguns dias de investigações, sendo levado para um abrigo de menores e cumprido pena. Após sua morte, Benigna passou a ser venerada e vista como um símbolo contra a violência sexual e contra adolescentes e contra o feminicídio. A Diocese do Crato, do Ceará, começou o processo de beatificação, que foi ganhando força ao longo dos anos. Em 2013, a Congregação para a Causa dos Santos aceitou a causa e Benigna foi declarada Serva de Deus pela Igreja Católica. Em 3 de outubro de 2019, a Santa Sé, jurisdição eclesiástica da Igreja Católica em Roma, promulgou o decreto que reconheceu o martírio de Benigna, o que abriu a possibilidade de beatificação. Não existem registros fotográficos conhecidos de Benigna, sendo um retrato falado a única representação visual da mártir.
Fonte: jovempan
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