O quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde o congolês Moïse Kabamgabe trabalhava, era administrado de forma irregular por um policial militar. A informação foi confirmada pela Orla Rio, empresa responsável pela concessão de quiosques. O operador do local, Celso Carnaval, concedeu o estabelecimento ao cabo Alauir Mattos de Faria, da Polícia Militar, que seria o atual responsável pelo quiosque Biruta, onde Moïse trabalhava de maneira informal. Agora, a Orla Rio está movendo um processo para a reintegração do Quiosque Biruta. Segundo a concessionária, várias irregularidades foram identificadas no espaço, como não comprovação da regularização dos funcionários, não respeito às regras sanitárias e até inadimplência. Alauir Mattos de Faria prestou depoimento nesta quinta-feira, 3. O advogado de defesa negou que ele estivesse à frente da gestão do estabelecimento.
Moïse foi morto após ser espancado no Quiosque Tropicália, que fica ao lado do Quiosque Biruta. Ele foi brutalmente agredido por três homens, que foram presos e tiveram as prisões ratificadas nesta quinta-feira, 3. A família de Moïse foi recebida por membros da Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A presidente do colegiado, Dani Monteiro (PSOL), disse à Jovem Pan que a morte do congolês expõe uma série de violações. “Todas as violações que Moïse sofreu e consequentemente todas as primeiras horas e primeiros dias em decorrência de seu assassinato, foram processos extremamente desumanizantes”, afirmou. Atos contra a morte do congolês estão programados para acontecer neste sábado, 5, em várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e outras capitais do país.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.