Um estudo feito por cientistas israelenses e publicado no fim de outubro na revista científica The Lancet mostrou que receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer cinco meses após receber a segunda dose do imunizante da farmacêutica aumenta em 92% a proteção contra formas graves da doença. O estudo, financiado pela Universidade de Medicina de Harvard, analisou 1,4 milhão de pessoas. Metade delas recebeu a terceira dose cinco meses após a segunda e a outra metade não. Ao todo, 231 pessoas do segundo grupo foram hospitalizadas com a doença, enquanto 29 do primeiro (que receberam o reforço da imunização) precisaram de cuidado hospitalar por causa da Covid-19 em até sete dias após a aplicação da dose de reforço. Enquanto o grupo com duas doses registrou 44 mortes ocasionadas pela doença, o grupo com o reforço registrou sete, o que mostra uma prevenção de 81% nos óbitos.
As análises foram feitas entre julho e setembro de 2020 e, de acordo com a pesquisa, a média de idade dos participantes era de 51 anos. Os analistas lembraram que com uma ou duas doses, a quantidade de mortes e hospitalizações dos vacinados foi pequena se comparado ao grupo analisado, de mais de um milhão de pessoas. Israel, considerado exemplo mundial de vacinação, foi o primeiro país no mundo a adotar a dose de reforço para idosos, começando a imunização de pessoas com 65 anos no mês de agosto. Desde então, países como os Estados Unidos e Brasil também passaram a oferecer o reforço para grupos prioritários. O intervalo de cinco meses entre uma dose e outra é semelhante ao instituído pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 16. Anteriormente, apenas os brasileiros imunizados com a segunda dose há seis meses podiam se vacinar com a terceira.
Fonte: jovempan
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