Representantes das Forças Armadas e do PTB que analisam os códigos-fonte do sistema eletrônico de votação tiveram a oportunidade de visualizar a composição física e o funcionamento da urna. A apresentação ficou a cargo do coordenador de tecnologia eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rafael Azevedo. O grupo analisou um equipamento utilizado nas eleições de 2020. A urna foi aberta e todas as funcionalidades foram explicadas pelos servidor. Azevedo também simulou o desempenho do equipamento, simulando uma votação até o desligamento do aparelho. A legitimidade do voto eletrônico vem sendo questionada no debate público. O TSE virou alvo de incerteza da sociedade sobre esse ponto do processo democrático. As autoridades passaram a usar seus discursos para defender ou criticar a segurança do processo eleitoral. “Eu e a maioria da população brasileira acreditamos na urna eletrônica e reverenciamos o trabalho valoroso da nossa TI”, disse Edson Fachin, presidente do TSE. O maior crítico do processo eleitoral é o presidente Jair Bolsonaro (PL), que questiona a transparência do pleito em suas lives e declarações a apoiadores e à imprensa. Na última semana, o TSE mandou que as plataformas de Bolsonaro retirassem do ar o vídeo da reunião do presidente com embaixadores na qual se manifesta contra a segurança do sistema eletrônico eleitoral.
Entretanto, um estudo divulgado pelo TSE mostra que a urna eletrônica ajudou a legitimar os votos. De acordo com a pesquisa, o sistema eleitoral reduziu em 82% o número de votos inválidos, seno que a queda foi maior entre o eleitorado com baixa escolaridade, que sentia dificuldade no voto em cédula de papel. A pesquisa do professor Marcos André Melo revela que o número dos votos inválidos caiu de 41% para 7,6%. A diminuição é resultado a facilidade em apertar o botão das urnas em vez de escrever em uma folha de papel. De acordo com o estudo, a opção democratiza o acesso de toda a população ao voto. Contudo, há a existência de eleitores que defendem o discurso de Bolsonaro sobre a fragilidade das urnas e o retorno do voto impresso para garantir a segurança do pleito. O PL, partido de Bolsonaro, já apresentou ao TSE a empresa que auditará os votos de forma paralela. A ação é direito de todos os partidos que possuem candidatos concorrendo no pleito. O PTB finalizará as atividades nesta semana. Ainda está prevista o trabalho de inspeção pela PF entre 22 e 26 de agosto.
Fonte: jovempan
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