O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta terça-feira, 12, com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MBD), e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) para discutir estratégias para lidar com a crise ambiental que a região enfrenta após rompimento da mina 18, que era operada pela mineradora Braskem, em Maceió. Contudo, a reunião terminou sem resolução. Dantas e JHC representam grupos políticos antagônicos de Alagoas e os embates entre os dois lados tem dificultado o gerenciamento da situação do Estado. Este foi o primeiro encontro dos dois desde que a cidade entrou em estado de emergência. O principal desentedimento gira em torno da possibilidade de acordo entre a prefeitura e a Braskem. O governo estadual é contra a iniciativa endossada por JHC, que exime a empresa de responsabilidade pelo acidente. Dantas considera a medida ‘ilegal’ e ‘inconstitucional’ e afirmou que não houve um repasse justo à população.
Durante o encontro, os políticos alagoanos se interromperam diversas vezes e discordaram sobre como conduzir a desapropriação da área de cinco bairros afetados pela mineração. Maceió enfrenta um déficit habitacional de aproximadamente 40 mil pessoas em Maceió, ampliado pelo afundamento de solo, processo que iniciou-se em 2018. Desde então, cerca de 60 mil pessoas precisaram ser realocadas. Em meio ao desalinhamento das autoridades, Lula interviu na discussão e pediu um “pacto de governança” para que a situação pudesse ser solucionada. “Se a gente quer começar a conversar para resolver o problema, não tem como pressuposto ninguém retirar as iniciativas adotadas. Se não, a gente não começa”, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, após a reunião. “Cada um fica com as suas ações, do jeito que está, e vamos conversar”, complementou.
Uma segunda reunião deve ser realizada com representantes de Alagoas no Congresso no Estado e representantes da Braskem. Contudo, o encontro ainda não foi marcado. Neste domingo, 10, foi registrado um rompimento em um trecho da lagoa Mundaú, conforme imagens divulgadas pelas autoridades. Esse incidente resultou na entrada de água da lagoa na mina. Às 13h45, sensores detectaram tremores no solo, identificados pela Braskem como “movimento atípico de água na lagoa Mundaú”. A empresa afirma está monitorando a situação. A Defesa Civil de Maceió assegura que, devido ao isolamento do local, não há risco para as pessoas. No entanto, ainda persiste o temor de colapso da mina, com alto risco de danos aos imóveis do bairro do Mutange. Nesta semana, o Senado Federal deve
Fonte: jovempan
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