21 de Setembro de 2024

Órgão eleitoral da Rússia diz que país vive desafios semelhantes ao Brasil nas eleições


Fernando Frazão/Agência Brasil

Uma comissão internacional acompanhou o processo de votação no último domingo, 2. Em entrevista à Jovem Pan News, o membro da Comissão Central Eleitoral da Rússia, Pavel Andreev, declarou que seu país compartilha com o Brasil desafios comuns no processo de escolha de seus representantes, como acusação de fraude nas eleições e divulgação de notícias falsas. Na Rússia o voto também é direto e secreto, mas não é obrigatório. Além disso, as eleições legislativas são separadas das presidenciais, tendo em vista a extensão do país, que é duas vezes maior que o território brasileiro. Lá a votação dura 22 horas consecutivas, pois existem 11 fusos horários no país e a totalização dos votos pode durar dias, pois o sistema eleitoral é híbrido, com voto eletrônico, digital e cédulas em papel. “Para nós, a Comissão Eleitoral da Rússia, nós vemos o futuro dos votos no sistema eletrônico de votação remoto. Entretanto, estamos sendo cautelosos em introduzir isso, ainda consideramos um experimento, no qual estamos aderindo passo a passo a esse novo sistema. Hoje, na Federação Russa, há 89 regiões e até agora o número máximo de regiões com urnas eletrônicas funcionando foi 7”, explicou o observador russo.

Segundo Andreev, o futuro está no voto eletrônico, mas é preciso estimular a confiança da população no processo, e disse que a versão em papel não deve sair de cena tão cedo na Rússia: “Isso é o que nós fazemos na Rússia. É envolver a população, engajar observadores e temos, além dos partidos e candidatos, representantes da sociedade civil, da Câmara Civil da Federação Russa, um conjunto de Organizações Não Governamentais da Rússia. Também nomeamos observadores, representantes de todos os lados políticos acompanham as urnas físicas e o sistema eletrônico de votação. Também estamos criptografando o sistema, nós damos parte das chaves para os partidos políticos e representantes da sociedade civil, para que eles tenham certeza da sua participação e não contestem o resultado no final. Mas não estamos apressando isso, quem deseja votar com cédulas de papel, pode continuar. Na Rússia, não estamos ainda no estágio de trocar todos os votos de papel pelo digital”.

As autoridades internacionais assistiram a um ciclo de palestras e no dia do primeiro turno visitaram sessões eleitorais, viram o teste de integridade das urnas eletrônicas e seguiram até o encerramento da votação, com a impressão dos boletins de urna, a apuração e a totalização dos votos na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos relatórios preliminares, as missões estrangeiras registraram que a eleição ocorreu normalmente, de forma transparente e confirmaram a segurança das urnas. Além dos observadores das missões internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore) e a Rede dos Órgãos Jurisdicionais de Administração Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que vieram acompanhar o pleito no Brasil, o país também recebeu convidados oficiais da Costa Rica, da Colômbia, do Uruguai, de Portugal, da França, da Espanha e da Rússia.


Fonte: jovempan

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