Nesta quarta-feira, 3, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, esteve no Rio de Janeiro para participar do encontro da Frente Nacional de Prefeitos. Em entrevista à Jovem Pan News, o chefe do Executivo paulistano demonstrou confiança em sua reeleição em 2024 e disse que pretende pautar sua campanha em benfeitorias e resultados positivos de sua gestão à frente da cidade. Nunes disse acreditar que as pesquisas de opinião tem sido positivas para ele, pois tem sido bem avaliado e cada vez mais conhecido na cidade. Além disso, o prefeito acredita na possibilidade do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiá-lo no pleito do ano que vem: “Com o Tarcísio a gente está muito bem alinhado, no ponto de vista do trabalho do governo do Estado com a Prefeitura, não sei qual vai ser a posição do governador Tarcísio na eleição. Mas se for pelo relacionamento que a gente está tendo hoje em defesa do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo, um trabalho conjunto, acho que tem uma grande chance de a gente poder caminhar juntos”.
Institutos de pesquisa já começaram a traçar cenários para as eleições da capital mais importante do país para o ano que vem. Nomes como o de Datena (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Eduardo Bolsonaro (PL), Ricardo Salles (PL) e Tabata Amaral (PSB) aparecem na lista de potenciais candidatos. No entanto, líderes partidários tem dito que não gostariam de um embate entre lados extremamente opostos na disputa. Um dos temas debatidos pela Frente Nacional de Prefeitos foi o financiamento do transporte público urbano. Leis federais impõem às cidades gratuidade para determinados públicos, mas os gestores relatam que a conta destes serviços acaba caindo nos cofres municipais. Segundo Nunes, é preciso buscar formas de compensação. Ele lembrou que em São Paulo a tarifa não é elevada há três anos como forma de estimular o transporte coletivo na cidade. O prefeito ainda comentou sobre a ideia de tarifa zero na capital paulista.
“Precisa ter uma questão de sustentabilidade desse contexto todo financeiro do transporte coletivo. Tem algumas questões que a gente está conversando. Conversei com alguns prefeitos, inclusive compartilhando algumas ideias. Por exemplo, o empregador que paga o vale-transporte recolher para o fundo municipal de transporte. Ele não estaria mais sobrecarregado, só faria uma mudança. A questão de quem usa o transporte individual poder dar uma pequena contribuição para que a gente possa incentivar o transporte e até melhorar o trânsito. Várias questões a gente está levantando, mas vai depender da alteração de algumas legislações federais”, explicou. A respeito da aplicação da vacina bivalente contra a Covid-19, o prefeito de São Paulo disse que pretende, na semana que vem, disponibilizar o imunizante para quem tem 30 anos ou mais.
Nesta quarta-feira, a vacinação com a bivalente começou para os maiores de 40 anos. Segundo Nunes, isto é possível graças ao estoque de imunizantes que São Paulo ainda tem disponível. No entanto, ele afirma que vem pedindo mais doses ao Governo Federal para conseguir atender à demanda das novas faixas etárias. Já sobre a questão da cracolândia, Nunes destacou que muitas ações tem sido tomadas pela prefeitura, mas que enxerga uma solução para o problema apenas a médio e longo prazo: “Nós tivemos um avanço. Em 2016, eram 4 mil usuários de crack naquela região. Hoje, está em torno de 1 mil. A gente tem agora uma questão um pouco mais complexa. Chagamos no ponto em que entre esses 1 mil, a própria Unifesp fez uma pesquisa, 57,4% estão lá há mais de cinco anos e 39% estão há mais de 10 anos”.
Fonte: jovempan
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