Rishi Sunak foi escolhido nesta segunda-feira, 24, como o novo premiê do Reino Unido. Ele é o terceiro a assumir a posição em menos de dois meses, e o primeiro descendente de asiático a conseguir chegar ao cargo. O ex-ministro das Finanças de Boris Jonshon vai substituir Liz Truss, que renunciou na quinta-feira, 20, após ficar seis semanas no poder – ela foi nomeada pela rainha Elizabeth II no dia 6 de setembro. Sunak já tinha disputado as eleições anteriores, porém, mesmo levando vantagem no início das votações, acabou sendo derrotado. O novo premiê já aparecia como o favorito para vencer, e o caminho ficou ainda mais fácil quando viu seus adversários desistindo. Este bilionário e ex-executivo do setor bancário, neto de imigrantes indianos, que estudou nas escolas de elite britânica, será o primeiro chefe de Governo de religião hindu no momento em que começa o Diwali, importante festividade hinduísta muito popular entre a comunidade indiana britânica. Defensor da ortodoxia orçamentária, ele é considerado por muitos parlamentares de direita como a pessoa adequada para tranquilizar os mercados e retirar o Reino Unido da crise econômica e social, agravada pelos planos ultraliberais de Truss em um momento de elevada inflação.
Sunak chamou a atenção nacional quando, aos 39 anos, tornou-se ministro das Finanças de Boris Johnson, assim que a pandemia da Covid-19 atingiu o Reino Unido, desenvolvendo o bem-sucedido esquema de licença. Ele acumulou uma fortuna pessoal substancial antes de se tornar um deputado em 2015. Defensor do Brexit, foi nomeado ministro das Finanças em 2020, um cargo importante em meio à pandemia. Um mês após sua chegada ao governo em 2020, o surto da pandemia rapidamente permitiu que ele se diferenciasse da imagem controversa de seu chefe: graças a um enorme pacote de ajuda pública, Sunak emergiu como um dos membros mais populares do governo, enquanto Johnson foi duramente criticado por seu tratamento equivocado da crise de saúde. Contudo, Sunak também recebeu críticas por fazer muito pouco para combater a sufocante crise do custo de vida. Ele foi um dos primeiros a começar a série de demissões que abalaram o governo de Johnson e fez com que ele renunciasse. Essa decisão pesou para sua imagem, e ele ficou visto como traidor. Sunka teve seu nome envolvido em polêmicas e os casos giravam em torno do status fiscal vantajoso de sua esposa bilionária indiana, que lhe permitia evitar o pagamento de milhões em impostos no Reino Unido, e a autorização de residência nos EUA que Sunak tinha até o ano passado.
Nascido em 12 de maio de 1980 em Southampton, na costa sul da Inglaterra, Sunak é o mais velho dos três filhos de um clínico geral do serviço de saúde pública e de uma farmacêutica. Nascidos na Índia, seus avós emigraram para o leste da África Oriental britânica nos anos 1960. Sunak, que afirma ter sido vítima de racismo em um restaurante de “fast food” quando era adolescente, estudou na Winchester College, um elegante internato para meninos, e cursou Política, Filosofia e Economia em Oxford e americana de Stanford. Conheceu sua esposa, Akshata, na Califórnia, onde o casal, que tem duas filhas, morou antes de se mudar para o Reino Unido.
*Com informações da AFP
Fonte: jovempan
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