“O destino da Ucrânia se decide hoje”. Foi com essa fala que o presidente russo, Vladimir Putin, iniciou a reunião não programada do Conselho de Segurança realizada nesta segunda-feira, 21, para falar que o seu país está estudando o pedido feito pelos dois territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia para que reconheçam sua independência. Putin disse que o objetivo da reunião é ouvir os colegas e determinar os próximos passos nessa direção, e que ainda hoje uma decisão seria tomada. Ao todo, como de comum, 12 pessoas mais o presidente russo participaram da reunião, e todos afirmaram apoiar o reconhecimento da independência da República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk.
Caso o pedido realizado por Denis Pushilin e Leonid Pasechnik, líderes dos dois territórios, seja concretizado, as regiões vão poder pedir apoio militar à Rússia e abrir caminhos para que as tropas russas adentrem na região. O vice-presidente do Conselho de Segurança, o ex-presidente e ex-primeiro-ministro Dmitry Medvedev, primeiro a pedir explicitamente o reconhecimento das regiões, defendeu que as pessoas que moram nas duas regiões não são apenas falantes russos, eles também são cidadãos russos. Nos últimos anos, a Rússia reconheceu a cidadania de grande parte da população das regiões, oferecendo-lhes passaportes russos. “Estes são o nosso povo. Quando cidadãos americanos estão em apuros, os americanos conduzem operações especiais”, afirmou Medvedev.
Em resposta ao pronunciamento realizado por Vladimir Putin sobre reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk, movimento que pode dar a Moscou uma razão para enviar tropas abertamente, uma autoridade da Casa branca disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá nesta segunda-feira com sua equipe de segurança nacional sobre Rússia e Ucrânia. Falando sob condição de anonimato, o funcionário fez os comentários depois que uma testemunha viu o secretário de Estado Antony Blinken, o secretário de Defesa Lloyd Austin e o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, chegarem à Casa Branca nos EUA. Feriado federal do Dia dos Presidentes.
*Com informações da AFP e Reuters.