22 de Novembro de 2024

São Paulo registra madrugada mais fria para maio desde 1990; Sul encara neve e tempestades


Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

A madrugada desta quarta-feira, 18, registrou as mais baixas temperaturas da cidade de São Paulo para o mês de maio em 32 anos, segundo a Climatempo. Com a chegada de uma massa de ar polar, o frio ganhou força e se intensificou principalmente antes do amanhecer. Os ventos de intensidade moderada ainda provocam sensações térmicas mais baixas. Às seis horas da manhã, a capital paulista registrou sua menor temperatura de 2022, com 7º C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e também o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da cidade (CGE). A temperatura bateu a marca mais baixa anterior de 2022, de 12,6º C, no dia 5 deste mês. São Paulo não tinha temperaturas tão baixas em maio desde 1990, quando foi registrado 5,4º C e 5,8º C nos dias 19 e 23, respectivamente. No Sul do Brasil, a mesma massa de ar polar provoca neve e tempestades. Pelo menos 226 mil pessoas ficaram sem energia por causa dos fortes ventos provocados pelo ciclone Yakecan no Rio Grande do Sul.

No aeroporto de Congonhas, a temperatura era de 8º C às duas horas da madrugada desta quarta, mas com sensação de 0º C. Segundo o Inmet, a média climatológica de temperatura mínima na capital paulista é de 14,7° C. Já no Estado de São Paulo, a menor temperatura foi registrada em Campos do Jordão, com -0,1°C, às 8 horas. A sensação térmica mais baixa na cidade foi de -3,3ºC, às 4 horas. Na região sul do Brasil, os termômetros também registraram baixíssimas temperaturas. Curitiba, no Paraná, teve a menor temperatura do ano, registrada na estação automática do Inmet, de 7,2° C. Florianópolis, em Santa Catarina, também bateu seu recorde de frio em 2022, medido também pelo Inmet, de 10,2º C. Já o Rio Grande do Sul chegou a ter neve nesta madrugada. A cidade de São Joaquim, a 1.550 metros de altitude, foi a primeira a registrar as precipitações dos flocos de gelo — segundo a Climatempo.

Ainda no Estado do Rio Grande do Sul, a passagem do ciclone Yakecan vem preocupando as autoridades e influenciou os fortes ventos que derrubaram árvores e redes elétricas, inviabilizando a distribuição de energia para milhares de casas. Até o momento, pelo menos 182 mil pessoas sem energia nesta quarta-feira nos municípios de Porto Alegre, Guaíba, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul, Imbé, Mostardas, Tavares, Tramandaí, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Chuí, São José do Norte, Pelotas, São Lourenço do Sul, Bagé e Cerro Grande do Sul, informou o grupo Equatorial Energia, responsável pela distribuição na região. Outras 44 mil pessoas também ficaram sem acesso à energia elétrica também nas regiões de Canoas, Vale dos Sinos, Planalto, Serra e Vale do Rio Pardo, atendidas pela empresa RGE, dentre elas, 10 mil já recuperaram a energia pela manhã, segundo a empresa.

Na Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra, Santa Catarina, logo nas primeiras horas do dia foram registrados fortes rajadas de vento que tombaram um caminhão na SC-390. Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), os ventos atingiram uma velocidade de 157 km/h na região. Um vídeo do momento em que o caminhão tomba ao lado do posto da polícia viralizou nas redes sociais. 


Fonte: jovempan

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