A prefeitura de São Paulo retoma neste sábado, 23, a revisão do Plano Diretor da cidade nas subprefeituras de Parelheiros, Capela do Socorro, M’Boi Mirim, Campo Limpo, Santo Amaro, Cidade Ademar, Butantan e Pinheiros. O secretário de Urbanismo e Licenciamento, Marcos Gadelho, ressalta que o projeto orienta o desenvolvimento urbano e interfere diretamente na vida do cidadão. Ele explica que o Plano Diretor afeta quem mora, trabalha ou empreende na capital ao determinar as áreas que poderão receber mais construções, moradias, as regiões com maior geração de empregos e os reflexos na mobilidade do dia a dia da metrópole.
“Esse é um momento importantíssimo para a população participar, porque as discussões são muitas, algumas adensando demais algumas áreas da cidade de São Paulo, outras falam da periferia, o que está faltando, o acesso, como o transporte. Esse é o momento de se manifestar em relação a isso. Nós temos as ferramentas todas, com os levantamentos que nós fizemos, e vamos levar para conhecimento da população. Por mais que a gente queira detalhá-las, se não tiver essa participação, não tem correspondência entre o que nós oferecemos do conhecimento que se acumulou desse monitoramento, se não tiver um retorno da população. Tem que ter um fortalecimento dessa participação”, diz Gadelho.
O atual plano foi votado na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) em 2014. A principal diretriz permitiu um maior adensamento urbano em áreas próximas aos eixos de transporte público, metrô, trens e corredores de ônibus. Quem circula pela capital hoje observa o canteiro de obras, um grande volume de prédios subindo, justamente nessas áreas. No próximo sábado, 30, a discussao será feita em Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista, Itaim Paulista, G Guaianases, Cidade Tiradentes, Itaquera, São Mateus e Penha. Já no dia 6 de agosto a população poderá comparecer nas subprefeituras de Sapopemba, Vila Prudente, Aricanduva, Formoza, Carrão, Moca, Sé, Vila Mariana, Ipiranga e Jabaquara.
“Uma cidade com o tamanho de São Paulo gera polêmica. Esses planos geram polêmica. Agora, essses planos não foram feitos por nós, deixar muito claro isso. Nós estamos fazendo uma avaliação num plano que foi aprovado em 2014. Se não deu certo, se há reclamações, este é o momento da população participar, para que a gente possa modificá-lo. Esse é o momento de avaliar. Em virtude da judicialização que ocorreu, a Câmara Municipal de São Paulo propôs uma nova lei, que eles aprovaram, e ficou o prazo limite para 31 de dezembro de 2022. Então, nós temos que entregar essa revisão do Plano Diretor na Câmara Municipal até essa data”, diz. Ao chegar ao Legislativo, 55 vereadores vão analisar o texto e podem promover alterações dentro de um cronograma que obriga novas audiências públicas com os moradores da capital.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.