Sem avanço nas negociações da campanha salarial, o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus) convocou uma nova assembleia geral para a tarde desta sexta-feira (10). O objetivo é discutir a aprovação ou rejeição da proposta do setor patronal, assim como a possibilidade de greve da categoria.
"A postura do setor patronal e do poder público tem sido lamentável e desrespeitosa. Há meses estamos tentando o diálogo, agindo na boa-fé e tentando de todas as formas mostrar a necessidade de um reajuste salarial que atenda às necessidades dos trabalhadores", afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso.
Segundo o presidente em exercício, os patrões tiveram a oportunidade de apresentar uma nova proposta até quinta-feira (9): "A categoria está disposta a cruzar os braços e deflagrar a greve. A cidade de São Paulo vai parar".
Na sexta-feira (3), os motoristas de ônibus suspenderam a greve que estava marcada para a madrugada de segunda (6) na cidade. A decisão veio após uma reunião realizada na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da qual participaram o Sindmotoristas, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros) e a SPTrans, da Prefeitura de São Paulo.
Naquela ocasião, a proposta patronal era de 10% de aumento salarial, mas não em benefícios como alimentação, convênio médico e odontológico e auxílio-funeral. A hora do almoço também não é remunerada, como espera a categoria. O pagamento seria parcelado: 4% em maio, 4% setembro e 2% em dezembro.
Para evitar a greve, a SPTrans obteve uma decisão liminar na Justiça do Trabalho que determinava a manutenção de 80% da frota em operação nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Em entrevista ao R7, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que, em caso de greve dos motoristas de ônibus da cidade, haverá responsabilização pelos impactos gerados à população.
“Se não cumprirem a determinação judicial, vamos exigir o cumprimento do pagamento da multa e a responsabilização pelos transtornos que eventualmente vão trazer”, disse ele. “A frota vai ter que circular. Se eles estão querendo fazer esse enfrentamento com a prefeitura, não vai ser bom”, disse Nunes.
Fonte: Portal R7
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