O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) deu entrada nesta terça-feira, 24, em uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a reforma do estatuto social da Petrobras, medida anunciada pela estatal. Nesta semana, a empresa informou que enviará propostas aos acionistas com o objetivo de mudar seu regimento interno. A intenção da companhia é eliminar as restrições para a indicação de administradores, que foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a decisão monocrática do ex-ministro Ricardo Lewandowski. “As alterações no estatuto da Petrobras aprovadas pelo seu conselho reduzem a transparência e colocam em risco o patrimônio dos brasileiros, em especial com a liberação das indicações políticas para cargos estratégicos. Pedi à CVM para apurar os fatos e suspender essas nomeações”, escreveu Vieira em seu perfil no X (antigo Twitter).
Após o anúncio, a Petrobras registrou uma queda de R$ 32,3 bilhões em seu valor de mercado nesta segunda-feira, 23. As ações preferenciais da empresa tiveram uma queda de 6,61%, chegando a R$ 35,35, enquanto as ações ordinárias desvalorizaram 6,03%, atingindo o valor de R$ 38,35. No acumulado do ano, as ações preferenciais apresentam uma valorização de 78%, enquanto as ordinárias registram um aumento de 65,3% desde janeiro. Esses números refletem a confiança dos investidores na empresa, que se fortaleceu após a mudança na diretoria. As recentes decisões da companhia e a queda no valor de mercado demonstram a volatilidade do setor e a importância de uma gestão eficiente para garantir a estabilidade e o crescimento da empresa. Em um cenário de constantes mudanças e desafios, a Petrobras busca se adaptar e se fortalecer, visando sempre o melhor para seus acionistas e para a economia do país. A reforma no estatuto social e a criação da reserva de remuneração de capital são medidas que visam garantir a sustentabilidade e o crescimento da empresa, mesmo diante de um mercado instável. A estatal também aprovou a criação de uma reserva de remuneração de capital, cujo valor ainda não foi definido, para garantir recursos destinados ao pagamento de dividendos, recompra de ações, absorção de prejuízos e incorporação ao capital social. Essas medidas visam fortalecer a empresa e proporcionar mais flexibilidade em suas operações.
Fonte: jovempan
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