O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e seis de seus colegas de prisão serão transferidos do Batalhão Especial Prisional (BEP) para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, também conhecida como Bangu-1, após a constatação de irregularidades e regalias. O juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais (VEP), Bruno Rulière, determinou nesta segunda, 2, que Cabral, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira e o tenente Daniel Benitez, condenados pela morte da juíza Patrícia Acioli, e outros detidos deixem a unidade exclusiva para policiais militares, como forma de punição por ter sido encontrado uma sacola com R$ 4 mil em espécie próxima a Cabral, Oliveira e Benitez, além de cigarros de maconha e notas fiscais de um banquete de comida árabe no valor de R$ 1,5 mil, em fiscalização surpresa realizada na detenção.
Segundo imagens captadas pela VEP, a sacola teria sido jogada para fora da cadeia pelo soldado da Polícia Militar Cleiton de Oliveira Guimarães, que é acusado de ter cometido um homicídio numa briga de trânsito em 2018. Um pouco antes, perto de onde ele estava, se encontravam Cabral e Oliveira. Na cela do ex-governador, ainda foram encontrados toalhas bordadas com o nome do político, talheres de inox e uma prateleira com fundo falso, que seria utilizada para esconder aparelhos celulares. Além dos quatro já citados, serão transferidos o vereador Mauro Rogério Nascimento de Jesus, o ‘Maurinho do Paiol’, que é PM inativo; os capitães Marcelo Baptista Ferreira e Marcelo Queiroz dos Anjos. Em nota, a defesa de Cabral afirmou que nada foi encontrado na cela dele e que não há procedimento administrativo disciplinar aberto contra ele, e que “reagirá de forma enérgica para impedir mais esta barbárie”. A de Cláudio Luiz relatou que nada estava na cela e na hora da revista ele estava em áreas comuns do presídio.