Servidores administrativos da rede estadual de ensino cruzaram os braços nesta quarta-feira (3) em Bauru, pedindo melhorias salariais e direito ao abono. Na cidade, o grupo, liderado pelo Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo (Afuse), protestou com faixas e cartazes na porta da Diretoria Regional de Ensino (DRE). Segundo os manifestantes, a paralisação também foi feita em outras regiões do Estado. A categoria já havia feito um ato no dia 18 de outubro pelos mesmos motivos, conforme noticiou o JC. O Estado, por sua vez, confirmou um novo plano de carreira a esses trabalhadores a partir do ano que vem.
De acordo com a diretora regional da Afuse em Bauru, Fatima Regina Ferreira Lima, a categoria, majoritariamente composta por agentes de organização escolar, reivindica recomposição dos salários, que, segundo ela, acumulam 250% de defasagem nos últimos anos. "Já estamos há dois anos sem aumento, perdemos a licença-prêmio e as seis faltas abonadas por ano que tínhamos direito", argumenta. Outro pedido da categoria é o direito ao abono salarial anunciado pelo governo João Doria no mês passado para os cargos de magistério. Até o final do ano, os professores da rede estadual receberão de R$ 3 mil a R$ 16.250, dependendo das horas trabalhadas.
DIFICULDADES
Presente no protesto, a agente de organização escolar Ronise Aparecida Valencio Wohnrath reclama da insuficiência do salário para a subsistência. "Com os descontos, recebo R$ 595,00 no final do mês por 40 horas trabalhadas. É um salário que não condiz com a realidade. Ou paga o aluguel, ou faz a compra do mês".
De acordo com a dirigente regional de Ensino, Gina Sanchez, não houve dispensa de alunos ou interrupção de atividades escolares por causa das paralisações. Ainda segundo ela, os agentes de organização escolar passarão a ter um novo plano de carreira a partir do ano que vem. O projeto já tramitou na Assembleia Legislativa e, segundo a dirigente, aguarda só assinatura do governador João Doria. "Trará impactos positivos e valorização financeira dessas categorias", garante.
Gina Sanchez afirma ainda que os agentes não têm direito ao abono do magistério porque ele está sendo pago com recursos do Fundeb, verba carimbada para professores.
Fonte: jcnet
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