O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi transferido para a superintendência da Polícia Federal (PF) de Brasília após ser preso preventivamente em Florianópolis (SC) nesta quarta-feira, 9. O avião da PF que levou Silvinei desembarcou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek no fim da tarde. Para preservar a imagem do ex-PRF, a aeronave pousou longe do hangar da PF e, logo depois, ele foi conduzido até a superintendência, onde passou a noite. Silvei tem depoimento previsto para esta quinta na capital federaç; A expectativa é de que, depois, ele seja transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. A prisão faz parte da Operação Constituição Cidadã, que apura o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral. A suspeita é de que barreiras da PRF foram feitas no segundo turno das eleições de 2022 em maior número em municípios do Nordeste nos quais o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria maior eleitorado.
A PF avançou nas investigações a partir de imagens encontradas no celular da então diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar. Tratam-se de painéis que indicam os municípios onde Lula teve mais de 75% dos votos no primeiro turno. De acordo com as autoridades, no mesmo dia em que os levantamentos foram feitos, Marília se reuniu com o então ministro da Justiça, Anderson Torres. Investigadores concluíram que existem fortes indícios de que as fotos com o conteúdo eleitoral teriam sido tiradas para o encontro com Torres.
Ao todo, a PF cumpriu dez mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou conduta gravíssima e ilícita nos fatos apurados. A Corregedoria da PRF também participa das investigações e começou a ouvir 47 policiais a respeito das denúncias de interferência no processo eleitoral. Na última terça-feira, 8, Anderson Torres negou que tenha interferido na PRF com finalidades eleitorais durante depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os atos de 8 de Janeiro. A defesa de Silvinei Vasques ainda não se manifestou.
Fonte: jovempan
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