A estrela Simone Biles e outras ginastas estadunidenses estão pedindo indenização de 1 bilhão de dólares (R$ 4,89 bilhões) ao FBI como compensação pela entidade não ter evitado novos casos de abuso sexual após as denúncias das atletas. Ao todo, mais de 300 ginastas acusam Larry Nassar, médico que atendia à s esportistas ligadas à federação de ginástica dos EUA, de crimes sexuais. “Chegou a hora do FBI ser responsabilizado”, afirmou a ex-ginasta Maggie Nichols, campeã nacional no perÃodo entre 2017 e 2019. “Se o FBI tivesse simplesmente feito o seu trabalho, Nassar teria parado antes de abusar de centenas de garotas, incluindo eu mesma”, disse a também ex-atleta Samantha Roy.
A informação foi revelada pelos advogados das ginastas, que estão acionando o FBI na Justiça. É de conhecimento público que a polÃcia federal dos EUA tinha conhecimento, em 2015, das denúncias das atletas. Ainda assim, nada foi feito, permitindo a Nassar seguir livre para continuar cometendo abusos contra elas por mais de um ano. Ele admitiu sua culpa no tribunal em 2017 e foi condenado a prisão. A soma das condenações já supera 360 anos de reclusão. De acordo com a lei federal americana, uma agência ligada ao governo tem prazo de seis meses para responder à s denúncias feitas nesta quarta-feira – o FBI não se manifestou sobre o pedido de indenização das ginastas.
No total, cerca de 90 ginastas e ex-atletas fazem parte deste pedido de indenização, incluindo Simone Biles, dona de seguidos tÃtulos mundiais e olÃmpicos em sua carreira. Integram o grupo ainda Aly Raisman e McKayla Maroney, também campeãs olÃmpicas, de acordo com o escritório de advocacia “Manly, Stewart & Finaldi”, da Califórnia. A Michigan State University, sede dos treinos da seleção americana de ginástica, também foi acusada de não investigar Lassar após seguidas denúncias. E já concordou em pagar indenização de 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,4 bilhões) para as mais de 300 garotas e mulheres que foram alvo dos abusos sexuais. A federação de ginástica e o Comitê OlÃmpico dos EUA já fizeram um acordo no valor de US$ 380 milhões (R$ 1,8 bilhão).
Fonte: jovempan
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