O sociólogo italiano Domenico De Masi morreu aos 85 anos, em Roma. A informação foi confirmada neste sábado, 9, por veículos de imprensa italianos. A causa da morte ainda não foi divulgada mas, em agosto o acadêmico descobriu que tinha uma doença invasiva, enquanto estava de férias em Ravello, segundo o jornal “Il Fatto Quotidiano”. De Masi tornou-se famoso pelo conceito de “ócio criativo”, tese segundo a qual o ócio, longe de ser negativo, é um fator que estimula a criatividade pessoal. O pensador residiu em 3 cidades italianas: Nápoles, Milão e Roma. Aos dezenove anos, já escrevia, para a revista “Nord e Sud”, artigos de sociologia urbana e do trabalho. Aos 22 anos, lecionava na Universidade de Nápoles. Mais recentemente, assumiu o posto de professor de sociologia do trabalho na Universidade de Roma “La Sapienza”. O sociólogo tem bibliografia extensa e parte de suas obras são tidas como revolucionárias no campo das ciências humanas. Entre elas, se destacam: “Desenvolvimento Sem Trabalho”; “A Emoção e a Regra”; “O Ócio Criativo” e “O Futuro do Trabalho”.
Em 2010, De Masi tornou-se cidadão honorário da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, devida à sua grande admiração pelo país, o qual foi um dos objetos de estudo de seu livro “O Futuro Chegou”. Na obra, além de analisar a estrutura de países como Brasil, Índia, China e Japão, o autor perpassa pelos sistemas que mais marcaram a história social do mundo, os modelos católico, hebraico, muçulmano, protestante, clássico, iluminista, liberal, capitalista, socialista, comunista até nosso atual modelo pós-industrial. O sociólogo era amigo pessoal de figuras como o arquiteto Oscar Niemeyer, o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele chegou a visitar Lula na cadeia, em Curitiba, enquanto o atual mandatário ficou preso.
Fonte: jovempan
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