O presidente da China, Xi Jinping, e o lÃder russo, Vladimir Putin, se reuniram nesta terça-feira, 21, no Kremlin para falar sobre o conflito na Ucrânia e a relação “estratégica” entre os dois paÃses diante do Ocidente – uma grande prioridade chinesa. A reunião entre os lÃderes foi a porta fechada, porém, durante o encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, o chinês, que está sem seu segundo dia de viagem, afirmou que China e Rússia são “grandes potências vizinhas” e “sócios estratégicos”. Xi declarou que o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, seguirá dando prioridade à colaboração estratégica global entre os paÃses. “Somos grandes potências vizinhas e amplos sócios estratégicos”, disse, de acordo com as agências de notÃcias russas. Na segunda-feira, o chinês e o russo já haviam se encontrado com o objetivo de demonstrar sua aliança como um contrapeso à s potências ocidentais. Xi também anunciou que convidou o chefe de Estado russo para visitar a China “este ano, quando possÃvel”, apesar da ordem de detenção emitida na semana passada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o lÃder do Kremlin.
No encontro de segunda-feira, o presidente russo afirmou que estava “aberto a negociações” sobre a Ucrânia e elogiou a proposta de paz de 12 pontos da China, que inclui um apelo ao diálogo e o respeito da soberania territorial de todos os paÃses. Putin destacou que os dois paÃses têm “vários objetivos em comum” e elogiou a China por sua “posição justa e equilibrada sobre os temas internacionais mais urgentes”. Xi declarou que a China está “disposta a permanecer de modo firme ao lado da Rússia”, em nome de um “verdadeiro multilateralismo”. Após as divergências durante a Guerra Fria, apesar de compartilharem a ideologia comunista, Moscou e Pequim fortaleceram sua cooperação nos últimos anos, unidos em seu desejo de combater o domÃnio dos Estados Unidos na polÃtica internacional.
De modo paralelo à visita de Xi a Moscou, outro governante asiático, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, visita Kiev nesta terça-feira para uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O governo da Ucrânia considerou a visita “histórica” e um “gesto de solidariedade” do Japão após mais de um ano de invasão russa. Kishida era o único lÃder do G7 que não havia viajado à capital da Ucrânia desde o inÃcio do conflito em fevereiro de 2022. Apesar disso, o Japão aderiu à s sanções ocidentais contra a Rússia e anunciou em fevereiro uma nova ajuda de 5,5 bilhões de dólares à Ucrânia, mas sem uma assistência militar porque a Constituição pacifista do paÃs limita a ação de suas Forças Armadas a missões de defesa.
Fonte: jovempan
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