A polícia japonesa prendeu nesta sexta-feira, 8, o suspeito de atirar e matar o ex-premiê japonês, Shinzo Abe. De acordo com fontes citadas pela imprensa japonesa, é um homem de 41 anos, identificado como Tetsuya Yamagami, e que serviu e serviu na Força de Autodefesa Marítima Japonesa, a Marinha do país, até 2005. Segundo investigação inicial, ele teria fabricado sua própria arma de fogo – as restrições relativas à posse e porte de armas no Japão são extremamente rígidas. De acordo com a NHK, Yamagami declarou aos investigadores após sua prisão que estava “frustrado” com Abe e que atirou com a intenção de matá-lo. A polícia revistou sua casa, onde foram encontrados produtos potencialmente explosivos, segundo a emissora pública de televisão.
Shinzo Abe, o líder mais antigo do país, estava participando de um evento de campanha, no qual fazia um discurso para uma eleição parlamentar quando foi atingido no pescoço. O crime é o primeiro assassinato de um ex-primeiro-ministro japonês desde os dias do militarismo pré-guerra da década de 1930. O assassinato de Abe choca o país onde a violência política é rara e as armas são rigidamente controladas. O atual primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, condenou o tiroteio nos “termos mais fortes” e chamou de “absolutamente imperdoável”.
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