O governo de São Paulo decidiu manter o Palácio dos Bandeirantes como sede do governo estadual, mesmo após a construção do novo centro administrativo no bairro Campos Elíseos, região central da capital. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que a residência oficial e o gabinete do governador permanecerão no Morumbi (zona sul da capital paulista), enquanto as demais secretarias, autarquias e empresas públicas serão transferidas para o novo local. De acordo com o gestor estadual, a construção do centro administrativo trará ganhos de eficiência e economia para a administração paulista. Atualmente, o governo ocupa uma área de 807 mil m², distribuídos em mais de 60 prédios na capital, enquanto a necessidade é de apenas 280 mil m². A proposta é realizar uma parceria público-privada para a construção do novo centro administrativo, que terá um custo estimado de R$ 4 bilhões. O leilão para a escolha da empresa responsável pela obra e pela manutenção dos prédios está previsto para o final de 2025.
A ideia é criar um conjunto de prédios entre a Praça Princesa Isabel e o Palácio dos Campos Elíseos, formando uma espécie de esplanada, semelhante à sede do governo federal em Brasília. A proximidade física entre os servidores públicos facilitará a integração entre os órgãos estaduais e reduzirá o tempo de deslocamento para reuniões. A conclusão do projeto está prevista para meados de 2031, segundo o governador. A transição dos servidores para os novos prédios será feita de forma gradual. O local escolhido para a construção do centro administrativo é próximo da Cracolândia. O governo acredita que o aumento do fluxo de pessoas e serviços na região contribuirá para a redução da violência e o aumento da sensação de segurança.
Além dos prédios administrativos, o projeto prevê a instalação de restaurantes, lojas e outros serviços. O governo também planeja construir moradias de médio padrão e de interesse social nas proximidades do complexo administrativo, para que os servidores possam morar perto do local de trabalho. Estima-se que essas habitações gerem R$ 500 milhões em novos investimentos. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi contratada para estruturar o projeto e emitir um parecer sobre sua viabilidade. Os ajustes finais serão feitos após o recebimento das propostas arquitetônicas por meio de um concurso público em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Mais detalhes serão divulgados na segunda quinzena de fevereiro.
Vale ressaltar que o Palácio dos Campos Elíseos já foi sede do governo de São Paulo entre 1935 e 1965, quando o governo se mudou para o Palácio dos Bandeirantes. O prédio atual foi construído em 1955 para abrigar a Universidade Fundação Conde Francisco Matarazzo, mas as obras foram interrompidas e assumidas pelo governo estadual. Atualmente, além do gabinete do governador, cinco pastas estão alocadas no Palácio dos Bandeirantes: Casa Civil; Casa Militar e Defesa Civil; Comunicação; Gestão e Governo Digital; Governo e Relações Institucionais. As demais 23 secretarias têm endereços em diferentes bairros da capital.
Fonte: jovempan
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