O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), planeja enviar o projeto de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no mês que vem. O presidente da Casa, André do Prado (PL), já tinha sinalizado a intenção de submeter o projeto à aprovação dos deputados estaduais ainda neste ano, uma vez que, na visão dele, a corrida eleitoral de 2024 pode atrapalhar a tramitação. Para isso, o governador deve dar início a uma rodada de encontros com os parlamentares. Nesta quinta-feira, 21, Tarcísio terminou a extensa agenda de reuniões com os prefeitos das 375 cidades que têm a gestão de água e esgoto feita pela Sabesp. As conversas começaram há um mês, por volta do dia 20 de agosto, e aconteceram em blocos.
Os gestores municipais faziam pedidos e ouviam uma apresentação feita pelo governador e pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natalia Resende, sobre possíveis vantagens da venda da maior estatal paulista. Temas como a antecipação em quatro anos do prazo de universalização dos serviços (passando de 2033 para 2029) e uma diminuição nas tarifas foram amplamente citados, além da despoluição do rio Tietê.
Fontes ligadas à base do governador afirmam que é preciso aproveitar o primeiro ano de gestão para tentar passar projetos tidos como essenciais. A privatização da Sabesp é considerada a joia da coroa de Tarcísio – que, mesmo neste início de mandato, considerado período de “lua de mel” com os parlamentares, já vem enfrentando dificuldades de diálogo. A visão de pessoas próximas é de que, se algo não for feito, o trânsito entre os parlamentares e o governador tende a piorar.