A senadora Simone Tebet (MDB), candidata à presidência da República, considera que a criação do chamado Orçamento Secreto, como também são conhecidas as emendas de relator, pode abrir caminhos para o maior escândalo de corrupção do planeta. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 26, durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Ao ser questionada pela comentarista Amanda Klein sobre a reserva de R$ 16 bilhões do orçamento para indicação do Legislativo, a parlamentar afirmou não ter dúvidas que o Ministério Público, ainda em 2022, vai denunciar irregularidades envolvendo os repasses secretos. “Nós podemos estar, sim, do maior esquema de corrupção do planeta Terra. Assim que acabar as eleições, eu não tenho dúvida que o Ministério Público vai denunciar e a sociedade brasileira vai ver”, afirmou. Se eleita, a senadora propõe, como primeiro ato administrativo, a criação de mecanismos para garantir maior transparência na destinação dos recursos. A ideia é que os ministérios, assim como os deputados e senadores, sejam obrigados a indicar no Portal da Transparência os caminhos do dinheiro.
“Se ele é secreto é porque tem alguma coisa errada. Se tudo tem que ser público, porque o dinheiro é do povo, é o povo que paga o imposto”, defendeu Simone Tebet, que fala em colocar órgãos de controle e fiscalização – Ministério Público e o Tribunal de Contas – dentro do seu governo, fazendo um “pente fino” em qualquer chance de irregularidade. “[Que se processe] se esse dinheiro, que poderia estar sendo utilizado [para a população] está indo para o bolso de parlamentares”, acrescentou, falando em “triste Brasil”, que viveu com antigos casos de corrupção, como o Mensalão e o Petrolão, e agora acompanha o desenrolar de escândalos na Educação e no orçamento. “Triste Brasil, repito, que tem, hoje, que fazer uma opção entre o escândalo do passado, do Mensalão, que comprou consciências. Depois, quando foi descoberto, inventou-se outro esquema de corrupção, que foi o Petrolão. E, agora, na questão da Educação, na denúncia que está sendo feita, e do orçamento secreto. É contra isso que eu me apresento como candidata à Presidência da República. Porque a corrupção mata, tira dinheiro daquilo que o povo precisa para viver e sobreviver”, defendeu Simone Tebet, que também criticou a polarização Lula-Bolsonaro que domina os debates, as pesquisas e a própria corrida eleitoral.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.