A investigação do caso Adélio Bispo será retomada pela Polícia Federal após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidir, por 3 votos a 1, que tentar descobrir quem pagou pelos advogados do homem, que tentou assassinar o então candidato presidencial Jair Bolsonaro, não viola o sigilo da relação entre cliente e advogado. Anteriormente, a seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) havia entrado com mandado de segurança alegando violação do sigilo, o que foi acatado pela vara de Juiz de Fora (MG), onde o crime ocorreu. O entendimento do TRF-1 foi de que, por terem sido terceiros a contratarem os defensores de Adélio, a tese não se aplica. Representante de Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef espera que o caso agora avance com mais velocidade.
“O objetivo é descobrir quem mandou matar Jair Bolsonaro. Como é possível que já houvesse três advogados prontos para ir a Juiz de Fora num jato particular? Pegar um jato não é algo imediato, demanda algum tempo, autorização da aeronáutica, aluguel do avião. E quando eles chegaram lá, disseram para o Adélio não se preocupar que quem os havia chamado era a mãe dele. O Adélio riu e disse que a mãe dele havia morrido há mais de dez anos. Ficou claro que o Adélio não conhecia esses advogados, não os contratou, não pediu ajuda, não tinha qualquer relação com eles. Depois, disseram que quem havia solicitado eram pessoas de uma igreja, que negaram posteriormente. Aí veio uma terceira versão, dizendo que era um outro escritório de advocacia. Teve outra versão, do advogado, dizendo que uma emissora de TV os contratou. Você tem quatro, cinco versões, todas falsas e mentirosas, para como essas pessoas chegaram lá”, relata Wassef, em entrevista à Jovem Pan.
Fonte: jovempan
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