Os adolescentes de 16 e 17 anos têm no Brasil a opção de fazer o alistamento eleitoral. Para eles, o voto, obrigatório aos maiores de 18, é facultativo. A cada ano, candidatos a cargos públicos ficam de olho nos jovens que darão seus primeiros votos, mas nem sempre eles têm interesse em participar do processo de escolha dos representantes. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020 essa faixa etária representou apenas 0,69% do eleitorado. Para estimular o jovem a votar, o TSE, em parceria com os Tribunais Regionais Eleitorais, desenvolveu os programas “Jovem Eleitor” e o “Bora Votar”. Nos dois casos, a ideia é mostrar a importância do voto por meio de vídeos divulgados nas redes sociais. Um índice divulgado pela revista The Economist mostra que o Brasil é uma democracia imperfeita, com nota cinco na cultura política, uma das piores colocações do ranking, o que depende de outros fatores além dos jovens eleitores.
“Essa nota não se deve ao jovem de 16 ou 17 anos que tem a oportunidade de votar, de fazer seu título de eleitor e votar caso ele queira. É algo recorrente e difundido pela sociedade brasileira. A gente pode ver isso nos índices de votos brancos e nulos, mas também pode ver no nosso cotidiano, quando a gente encontra aquele voto sem muito embasamento”, explica o analista político Bernardo Livramento. Para o especialista, a educação política desde cedo pode ajudar a mudar este cenário. “Neste sentido, a educação política, diálogo franco, instituições constantemente melhoradas e políticas públicas que fomentem o conhecimento sobre a política são essenciais, não só para o jovem de 16 e 17 anos que tem a oportunidade de votar, mas também para todo o resto da população”, afirmou. É possível tirar o primeiro título sem sair de casa acessando o site título net e seguindo o passo a passo.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor
Fonte: jovempan
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