Uma turista espanhola de origem brasileira foi vítima de um estupro coletivo em uma região remota do leste da Índia, onde viajava com seu marido. O ataque ocorreu na noite de sexta-feira, 1º, no distrito de Dumka, no estado oriental de Jharkhand, enquanto o casal acampava após parar para descansar durante a viagem de moto. A mulher conseguiu entrar em contato com uma patrulha policial por volta das 23h e foi levada a um hospital, onde recebeu atendimento. Três homens envolvidos no crime foram detidos neste sábado, 2, pela polícia local, que continua em busca de outros suspeitos. As autoridades abriram uma investigação para apurar o caso. Em 2022, a Índia registrou uma média de 90 estupros diários, de acordo com dados do escritório nacional de registros criminais, porém muitos casos não são denunciados devido ao estigma enfrentado pelas vítimas e à falta de confiança no sistema policial.
A embaixada do Brasil em Nova Delhi afirma que buscou contato com a cidadã brasileira e as autoridades locais. “Diante da informação de dupla nacionalidade, a embaixada do Brasil coordenou-se com a embaixada da Espanha, que informou ter oferecido ao casal toda a assistência consular disponível”, disse, em nota, a diplomacia brasileira. A representação nacional inforou que “seguirá à disposição para prestar toda a assistência cabível e acompanhar todos os desdobramentos do caso”. O incidente reacendeu a discussão sobre os altos índices de violência sexual na Índia, país que ficou chocado com o caso de Jyoti Singh, uma estudante de psicoterapia de 23 anos que foi estuprada e abandonada por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano. O brutal ataque resultou em protestos em todo o país e levou a uma mudança na legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.
Fonte: jovempan
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