23 de Novembro de 2024

UE começa a fornecer quantidades ‘significativas’ de armas à Ucrânia


Países da União Europeia estão entregando uma quantidade ‘significativa’ de armas para que a Ucrânia possa se defender da invasão russa que acontece desde quinta-feira, 27. Várias autoridades europeias enviaram no sábado parte do armamento, outras estão enviando hoje. Até agora 17 países já responderam ao apelo do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleb. No sábado, a Alemanha autorizou a entrega de 1.400 lançadores de foguetes antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger e nove morteiros. A Holanda forneceu 200 Stingers, a Bélgica duas mil metralhadoras, Portugal fuzis, munições e equipamentos, a República Tcheca metralhadoras, rifles de precisão e munições.

Neste domingo, 27, uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE será realizada para coordenar as iniciativas dos europeus e discutir o anúncio feito no sábado a respeito de novas sanções econômicas, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Será realizada por videoconferência. “A discussão dos ministros das Relações Exteriores da UE abrirá caminho para a rápida adoção de todos os atos jurídicos necessários” para que as sanções entrem em vigor, explicou Borrell. “Isso inclui a exclusão de vários bancos russos do SWIFT, medidas para impedir o Banco Central da Rússia de usar suas reservas em moedas internacionais e agir contra pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia”, disse ele.

Os ministros europeus vão analisar a possibilidade de utilizar o “Fundo Europeu para a Paz”, um instrumento financeiro fora do orçamento comum da UE e dotado de cinco bilhões de euros, para “reembolsar os Estados-membros que recorreram aos seus estoques de armas”, explicou um dos líderes europeus. A unanimidade é necessária para esta decisão e os Estados que se comprometeram estão apostando em uma “abstenção construtiva” neste domingo daqueles parceiros que não podem autorizar a entrega de armas. “Está surgindo uma dinâmica a favor da Europa da defesa”, disse. “A cobertura europeia dará legitimidade a esses fornecimentos de armas para Estados-membros neutros”, explicou.


Fonte: jovempan

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