Era 24 de fevereiro de 2022 quando os moradores da Ucrânia foram acordados por fortes explosões que abalaram o país. Iniciava-se, ali, uma guerra que completa um ano nesta sexta-feira, 24. O balanço do conflito é devastador: são dezenas de milhares de mortos. Estima-se que 300 mil soldados tenham morrido. Segundo fontes ocidentais, entre 30 mil e 40 mil civis foram vítimas fatais no primeiro ano de conflito. De acordo com as Nações Unidas, os combates deixaram mais de cinco milhões de deslocados internos e obrigaram quase oito milhões de pessoas a abandonar a Ucrânia. As tropas de Moscou ocupam 18% da Ucrânia, mas, segundo o general Zaluzhny, Kiev retomou 40% dos territórios ocupados pela Rússia desde a invasão. A guerra na Ucrânia ficará na memória coletiva pelas imagens duras: corpos de civis com as mãos amarradas às costas nas ruas de Bucha após a retirada russa, um bicho de pelúcia repleto de sangue na estação de Kramatorsk, uma maternidade bombardeada em Mariupol, entre outras. O leste da Ucrânia recorda imagens da Primeira Guerra Mundial: soldados exaustos no fundo de trincheiras lamacentas, enormes crateras provocadas pelos projéteis, cenário apocalíptico em vilarejos e cidades. Quase 65 mil supostos crimes de guerra foram denunciados, segundo o comissário europeu de Justiça, Didier Reynders. O custo econômico para a Ucrânia foi enorme: o PIB registrou contração de 35% em 2022, segundo o Banco Mundial. A Kyiv School of Economics calculou os danos em 138 bilhões de dólares e as perdas para a agricultura em mais de US$ 34 bilhões. Mais de 3.000 escolas foram afetadas, segundo o governo ucraniano. A Unesco contabiliza 239 centros culturais atingidos. A guerra na Ucrânia se tornou sinônimo de terrível sofrimento e destruição, mas também de extrema bravura e solidariedade sem precedentes. São vários os momentos que marcaram esse primeiro ano do conflito, mas dentre os principais estão: horror em Bucha, queda de Mariupol, contraofensivas ucraniana e o inverno rigoroso. Em Bakhmut, um dos principais pontos da guerra, uma batalha extremamente violenta envolve há meses o exército ucraniano, as forças russas e os mercenários do grupo paramilitar Wagner, que avançam lentamente. O conflito proporcionou centenas de imagens significativas e várias delas ajudam a contar a história dos primeiros 12 meses do conflito.
Fonte: jovempan
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