21 de Novembro de 2024

Um dia após liberação, muitos seguem com máscaras em ambientes fechados


Nesta sexta (18), dia seguinte à liberação do uso de máscaras em ambientes fechados, a maior parte das pessoas ainda utilizava a proteção em mercados, lojas e escolas. Até mesmo nas ruas, em locais abertos, muita gente seguia com o item no rosto. O principal motivo, afirmam os ouvidos pelo JC, é a sensação de segurança proporcionada pelo objeto em relação à Covid-19. Por sua vez, quem já abriu mão conta se sentir protegido e relata que as coisas estão voltando ao normal.

Na quinta-feira (17), o governador João Doria assinou decreto tornando opcional o uso de máscaras em locais fechados como bares, restaurantes, shoppings, supermercados e escolas. A medida foi seguida pouco depois pela prefeita Suéllen Rosim. No entanto, em uma instituição de ensino de Bauru, 80% dos estudantes foram à aula com a máscara, informou a direção (leia mais abaixo). Ainda segundo o decreto, o uso do equipamento segue obrigatório em hospitais, serviços de saúde, transporte público, estações de metrô e terminais de ônibus. 

POR SEGURANÇA

Durante a manhã, pelos corredores de um supermercado no Centro de Bauru, a maior parte dos clientes e funcionários utilizava o item. "Por segurança, né? Eu peguei Covid, mesmo com todos os cuidados, mas, Graças a Deus, foi leve. Já tinha tomado as três doses. Por enquanto, vou continuar usando a máscara", relata a aposentada Lizbeth Ijuin, 65 anos.

Valdecir Batista, 62, e a esposa, Dejanira Correa da Silva, 59 anos, nem sabiam do decreto, mas, mesmo após serem informados, não retiraram o item. "Vamos continuar usando por enquanto, pela segurança da gente", afirma o autônomo. "Se eu voltasse ao mercado hoje, iria de máscara de novo", garante a auxiliar de cozinha.

'VOLTANDO AO NORMAL'

Pela manhã, Francine Espíndola, de 29 anos, foi a um supermercado na Vila Cardia usando a máscara. Já na hora do almoço, não a utilizou. "É tão estranho quanto aquele começo de pandemia, quando uns usavam e outros, não. Mas, sinto um alívio. Parece que as coisas começam a voltar ao normal", diz a supervisora de lojas, complementando que, em locais mais aglomerados, voltará a vestir o item. 

Também sem a máscara, a professora Ana Marcelino, 40 anos, estava confiante. "Tirei porque já estou com as três doses da vacina e não tive Covid até agora. Me sinto segura, porque tomo cuidados. Procuro não me aproximar das pessoas e estou sempre usando álcool em gel".

MAIS ALGUNS MESES

Se tem quem já se sinta seguro, há quem use a máscara até nos espaços abertos. Depois de dois anos, a empresária Sandra Bastazini, 47 anos, ainda não consegue abandonar o item. "Sigo usando em locais públicos, independente do decreto. Tudo é muito incerto. Nós estamos vacinados, mas ainda há contágio, conheço pessoas que foram contaminadas há pouco tempo", relata a mulher, que também contraiu a doença recentemente. "Eu acredito que vamos utilizá-la por mais alguns meses. Nos trouxe conforto e segurança", complementa.

Em escola particular, 80% dos alunos seguem com o item

Guilherme Tavares

Um dos segmentos mais afetados pela pandemia foi o da educação. Agora, com a flexibilização do uso de máscara em ambientes fechados, o temor é retroceder. "Quantos países já não estão tendo aumento de casos? A escola está preocupada, porque foi assim que começamos: vendo a situação se agravar em outros lugares antes de chegar aqui. Os alunos e os professores já foram muito impactados, houve prejuízo no ensino", afirma Vera Casério, diretora do D'Incao, escola com cerca de 600 alunos e 100 funcionários.

Nesta sexta-feira (18), 80% dos estudantes estavam de máscara, informa a diretora. "Enviamos um comunicado aos pais explicando que não somos a favor da liberação em sala de aula neste momento. Deixamos essa posição para a família", conclui.

Samuel Caliente, 17 anos, foi à aula de máscara por iniciativa própria. "Meus pais não falaram nada, eu que optei. Ainda é difícil tirar. Virou um hábito", relata. Os pais de Arthur Zimmer Andrade Moreira, 16 anos, também não interferiram. "Por mim, eu não usaria. Mas vi muita gente de máscara. Pensando no outro, decidi manter".

A maior preocupação do estudante Renan Costa dos Santos, 18 anos, é com quem está em casa. "Tem pessoas na família de grupo de risco. Mesmo com o número de casos diminuindo, creio que seja justamente por conta do uso de máscara, não só a vacina", finaliza.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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