16 de Junho de 2024

UPA do Geisel lota e saúde fará novas mudanças para conter explosão de casos


Seguindo as estratégias de mudanças na rede municipal para tentar desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), a partir desta segunda-feira (10) mais quatro unidades básicas passam a atender exclusivamente casos de problemas respiratórios. Desde a última quinta-feira (6), a UPA Geisel também passou a cuidar exclusivamente de casos respiratórios e, durante este sábado (8/01) registrou intenso movimento de pacientes. As medidas visam conter o aumento exponencial de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), que já somam pelo menos 660 casos neste ano (leia mais nesta página) e pressionam a capacidade de atendimento da rede pública.

Conforme o JC noticiou, a partir de amanhã, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro funcionará como referência das 7h às 17h, assim como as Unidades de Saúde da Família (USF) do Santa Edwirges, Vila Dutra e Vila São Paulo, porém, das 7h às 21h.

O atendimento nesses locais será de segunda a sexta-feira, segundo a prefeitura. Os pacientes com síndrome gripal, com sintomas no momento, fazem o teste para verificar se o caso é positivo ou negativo de Covid-19, e são atendidos pela equipe médica.

Outra medida anunciada pela prefeitura é o atendimento por telemedicina que será feito pelo Samu a partir desta semana. As pessoas com sintomas respiratórios deverão ligar para o 192, opção 2. No entanto, detalhes ainda não foram divulgados.

LOTADA

Neste sábado (8) pela manhã, havia intenso movimento de pacientes na UPA Geisel. A sala de espera estava lotada e muitas pessoas também aguardavam na calçada pela consulta. No total, pelo menos 70 pessoas esperavam serem chamadas. Segundo a prefeitura, quatro médicos atendiam pela manhã, o total previsto na escala. Mesmo assim, o tempo de espera passava de duas horas para diversas pessoas ouvidas pelo JC.

É o caso da massoterapeuta Thais de Andrade, 39 anos, que acompanhava a filha, Isabella de Andrade, de 20 anos. A jovem apresentava febre e sintomas gripais há quase duas semanas e resolveu fazer o teste de Covid-19 depois que duas colegas de trabalho positivaram para a doença. As duas esperavam há duas horas pela consulta. "Tem muita gente tossindo e espirrando na sala de espera, muito lotada. E eles perderam a ficha de atendimento da minha filha, por isso está demorando tanto", conta a mulher. Até as 16 horas, foram 540 atendimentos, sendo mais de 200 testes de Covid-19 e alguns atendimentos de emergência.

MADRUGADA

O auxiliar de produção Claudio de Arruda, 52 anos, chegou na UPA Geisel antes das 8h. Por volta das 10h, a esposa dele, Isabel Cristina de Andrade, 52 anos, ainda aguardava. A mulher sente dores no corpo e dificuldades para respirar desde a última quinta-feira. "A gente tentou atendimento na UPA Mary Dota de madrugada, mas desistimos porque estava muito lotada. Assim que amanheceu viemos aqui, mas está demorando muito. E não tem como ficar ali dentro, tem muita gente tossindo", afirma o homem.

Nos primeiros sete dias de 2022, Bauru registrou um aumento de 73% no número de casos de Covid-19 em relação ao total de contaminações de todo o mês passado. De acordo com boletim epidemiológico da prefeitura, foram contabilizados 660 novos casos entre 1°e 7 de janeiro (dados mais recentes), enquanto o mês de dezembro inteiro teve 381 infecções, segundo levantamento elaborado pelo JC.

Na avaliação do diretor do Departamento de Saúde Coletiva do município, Ezequiel Santos, a alta está diretamente relacionada às aglomerações de fim do ano, repetindo o movimento ascendente de casos ocorrido na virada de 2020 para 2021.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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