O Brasil foi governado por 38 presidentes ao longo da sua história. Atualmente, os mandatários são eleitos pela população a cada quatro anos. O cargo é responsável por comandar o país, sendo, portanto o mais importante. A república presidencialista chegou ao Brasil em 1889. De lá para cá o país enfrentou diferentes contextos em diferentes comandos. O primeiro presidente eleito foi o marechal Deodoro da Fonseca. Já o que governou por mais tempo foi Getúlio Vargas, com um mandato de 15 anos. Neste domingo, 30, o país iniciou um novo capítulo dessa história. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição, perdeu para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltará em 2023 ao poder depois de mais de 10 anos fora do cargo. Confira abaixo a lista dos presidentes que governaram o país e um breve resumo da carreira de cada um deles.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente do Brasil neste domingo, 30, no segundo turno das eleições de 2022, levando o petista ao seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto – os dois anteriores foram 2002 e 2006. Na eleição mais disputada da história do país, o novo presidente terá de enfrentar um país totalmente rachado. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 99,99% das urnas apuradas, Lula tem 50,9% dos votos válidos, ante 49,1% de Jair Bolsonaro. A diferença entre os adversários é a menor da história.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito ao cargo nas eleições 2018 com mais de 55% dos votos. O mandatário é um ex-militar, capitão da reserva e também político desde o final da década de 1980. Ele ingressou na carreira militar na década de 1970. Já na política Bolsonaro começou ao ser eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988. Em dois anos, em 1990, ele foi eleito para o cargo de deputado federal, o qual ficou por sete mandatos. Na sequência veio às eleições 2018, a qual venceu a corrida para à Presidência da República tanto no primeiro turno quanto no segundo turno.
O ex-presidente Michel Temer, de ascendência libanesa, esteve no cargo entre 2016 e 2019. O político ingressou na política na década de 1980, quando se filiou ao PMDB. Na época, Temer se elegeu para deputado federal em diferentes mandatos. Quase 30 anos depois, ele foi eleito vice-presidente do Brasil, sendo reeleito para a função em 2014. Temer ficou conhecido por assumir à Presidência da República após Dilma Rousseff sofrer impeachment em 2016. Além disso, o governo do ex-presidente ficou manchado por escândalo de corrupção com envolvimento direto dele. Temer também é advogado.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher e ser eleita presidente do Brasil. Ela assumiu o cargo em 2010 e se reelegeu em 2014. No entanto, Dilma sofreu impeachment em 2016 após o país passar por uma crise econômica. A ex-presidenta é formada em Ciências Econômicas e atuou em gestões da cidade de Porto Alegre e do estado do Rio Grande do Sul. Ela também participou de movimentos de esquerda, quando adolescente, e ingressou na luta armada contra a Ditadura Militar. Inclusive, ela foi presa e torturada em 1970.
O 35º presidente do Brasil foi Lula, que assumiu o cargo de 2003 a 2011. Conhecido por representar o símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT), inclusive por ter atuado na fundação da sigla, Lula começou a carreira profissional como metalúrgico. Depois disso, se tornou sindicalista e líder de greves de profissionais. Ele chegou à Presidência da República após vencer as eleições de 2002. O petista cumpriu dois mandatos no cargo e anos depois foi preso por corrupção. Após 580 dias preso na Polícia Federal (PF), ele foi solto em novembro de 2019 e agora é candidato ao cargo mais uma vez.
Fernando Henrique Cardoso, mais conhecido como FHC, foi eleito presidente do Brasil em dois mandatos, de 1995 a 2003. Renomado cientista político e sociólogo brasileiro, a sua passagem ficou marcada pela criação do Plano Real, proposta que estabilizou a economia do país, e pelas privatizações. Por outro lado, outro momento marcante, já no fim do segundo mandato, foi a crise energética que atingiu o Brasil, que ficou conhecida como crise do apagão. Depois que saiu da Presidência, Fernando Henrique Cardoso se aposentou da política e decidiu ministrar palestras.
Itamar Franco foi presidente do Brasil entre 1992 e 1995, quando ocorreu o impeachment de Fernando Collor. A carreira política dele foi feita em Minas Gerais, onde foi eleito primeiro a vereador de Juiz de Fora, depois a prefeito da cidade mineira e, por fim, se elegeu para senador. Um dos principais trabalhos que participou foi na história recente do Brasil, como a Assembleia Constituinte de 1987. Em 1989, Itamar Franco foi eleito vice-presidente e assumiu a Presidência em 1992.
Fernando Collor assumiu à Presidência da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment. O início da trajetória política ocorreu na década de 1970, em Alagoas. Ele foi prefeito de Maceió, deputado federal, senador e governador por Alagoas. Collor foi eleito em 1989, quando venceu Lula no segundo turno das eleições. O governo do ex-presidente ficou marcado pelo confisco dos valores em poupanças e contas correntes, além de um escândalo de corrupção, que foi denunciado pelo próprio irmão Pedro Collor.
José Sarney foi presidente do Brasil entre 1985 e 1990. Ele assumiu o cargo na época em que o Brasil encerrou o regime militar com a entrada de Tancredo Neves ao posto presidencial. Contudo, em 15 de março de 1985, o presidente precisou ser internado às pressas e, em 21 de abril, morreu. Para o seu lugar foi José Sarney, que era vice-presidente. Ele subiu a rampa do planalto e recebeu a faixa presidencial. Uma das maiores conquistas de seu governo foi a Constituição de 1988.
João Figueiredo foi presidente do Brasil entre 1979 e 1985. O governo dele foi marcado por uma crise econômica e o processo de reabertura política do país. Entre as principais ações foi abolir o sistema bipartidário e realizar a anistia política dos militares e perseguidos políticos. A princípio, a proposta de anistia não beneficiaria todos os envolvidos com crimes políticos. Contudo, o projeto de lei sofreu alterações que perdoava todos os acusados de praticar tortura e devolvia direitos políticos.
Ernesto Geisel assumiu o Brasil de 1974 a 1979. No governo dele teve os primeiros sinais de abertura política e a crise da ditadura. Inclusive, no processo de eleição do novo presidente foi marcado por eleições indiretas. Na oportunidade, o MDB lançou nomes a disputa, os quais o partido sabia que não conquistariam o cargo. No entanto, a chapa do partido participou da campanha atacando as falhas do regime militar e a opressão do sistema.
O governo de Emílio Médici ocorreu de 1969 a 1974. Na época, membros do regime militar decidiram trocar o presidente Costa e Silva devido ao estado de saúde dele. Entre os cotados para assumir o cargo estava o general Albuquerque Lima, figurinha carimbada do Exército. Contudo, não foi isso que aconteceu. Grupos ligados à chamada “linha dura” aprovaram o nome de Emílio Médici ao cargo. De acordo com historiadores, foi no governo de Médici que foi mais usado os instrumentos de repressão e tortura instados em 1968. Os “porões da ditadura” ganhavam o aval do Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de delegacias e presídios.
Artur da Costa e Silva comandou o Brasil de 1967 a 1969. Ele foi o segundo presidente durante o período da Ditadura Militar. O governo dele marcou o início das medidas desenvolvimentistas que levaram ao “milagre econômico”, além de ter sido marcado por ter iniciado os “anos de chumbo”, período de maior repressão da Ditadura Militar.
Humberto Castelo Branco presidiu o Brasil de 1964 a 1967. O marechal foi o primeiro presidente durante o período da Ditadura Militar. Sua escolha ocorreu por meio de uma eleição indireta. O governo de Castello Branco ficou marcado por implantar as bases do aparato repressor que estabeleceu durante os “anos de chumbo”.
Ranieri Mazzilli foi presidente em dois momentos na década de 1960. A primeira após renuncia do titular Jânio Quadros e durante a ausência do vice-presidente João Goulart, que estava em visita oficial à República Popula da China. Mazzilli governou o país durante 13 dias em 1961. Já a segunda passagem, também pelo mesmo período, ocorreu como parte do Golpe de 1964. Ranieri Mazzilli foi advogado, jornalista e político brasileiro.
João Goulart, também conhecido como Jango, assumiu o país de 1961 a 1964. Por influência de Getúlio Vargas, ele começou a carreira política na década de 1940. Como símbolo do PTB, Jango ocupou importantes posições na política do Brasil, como deputado estadual, deputado federal, ministro do Trabalho e vice-presidente. Na presidência, no entanto, foi retirado do cargo pelo Golpe Civil-Militar de 1964.
Jânio Quadros presidiu o Brasil em 1961. Ele teve uma carreira meteórica marcada pelo discurso de viés populista. Atuando como discente em um colégio e incentivado pelo apoio de alunos e pais, Jânio Quadros se candidatou para vaga de vereador de São Paulo e conseguiu. Na sequência conquistou o cargo de deputado estadual na década de 1950. Depois disso, ele se elegeu prefeito de São Paulo em 1953 e governador do Estado no ano seguinte. Com os resultados, Jânio Quadros lançou a candidatura para presidente e venceu o pleito. Na época, Jânio Quadros ficou conhecido pelos seus comícios, onde comia pão com mortadela e fingia desmaios. Contudo, em agosto de 1961 ele renunciou ao cargo, após realizar ações que desagradaram conservadores.
Juscelino Kubitschek assumiu à Presidência da República de 1956 a 1961. Ele foi responsável pelo construção da nova capital, Brasília. Também conhecido como JK, ele era médico por formação e ingresso na política na década de 1930. Juscelino Kubitschek foi prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente do Brasil.
Nereu Ramos ocupou o cargo de presidente durante dois meses entre 1955 e 1956. Ele foi deputado estadual, deputado federal por inúmeros mandatos, além de presidente da Câmara dos Deputados em 1951 e senador. Como primeiro vice-presidente do Senado Federal em 1955, de acordo com a Constituição vigente na época, era o terceiro na linha de sucessão constitucional da Presidência da República. Em 11 de novembro de 1955, assumiu a Presidência do Brasil em virtude da ocorrência de três fatos históricos: o suicídio do titular, Getúlio Vargas, ocorrido em 24 de agosto de 1954; o pedido de licença por motivos de saúde do presidente Café Filho (sucessor de Getúlio, que sofre posterior impeachment, já no governo Nereu Ramos); e o impeachment do presidente Carlos Luz.
Carlos Luz foi presidente do Brasil de 8 a 11 de novembro de 1955 e se tornou o mandatário com menos tempo no poder, por apenas três dias. O primeiro trabalho dele na política foi como vereador de Leopoldina, em Minas Gerais. Em 1934, ele foi eleito para deputado federal e, na mesma época, foi nomeado para o conselho administrativo da Caixa Econômica Federal por Getúlio Vargas. Depois se tornou vice-presidente e mais tarde seria o novo presidente da instituição. Carlos Luz também foi ministro da Justiça em 1946 e, no ano seguinte, foi o único candidato eleito para a Câmara dos Deputados. Já em 1955 o político foi eleito ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados. No mesmo ano, o presidente Café Filho ficou afastado por motivo de doença. Assim, Carlos Luz, sucessor legal, teve que assumir o cargo. No entanto, sofreu impeachment três dias depois por acusações de conspiração contra a posse do eleito Juscelino Kubitschek.
Café Filho esteve na cadeira presidencial entre 1954 e 1955. O suicídio de Getúlio Vargas fez com que o governo dele fosse marcado por uma grande instabilidade. Com isso, ele prometeu assumir os compromissos firmados por seu antecessor. No entanto, a pressão política exercida pela oposição fez com que Café Filho permitisse a entrada de políticos udenistas em seu novo gabinete ministerial. Quase dois anos depois, em novembro de 1955, Café Filho teve que se afastar da Presidência para tratar de problemas cardíacos. O posto presidencial foi assumido por Carlos Luz.
Getúlio Vargas foi o que assumiu o cargo de presidente por mais tempo, divididos em dois momentos. Ele presidiu de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, ou seja, quase 20 anos. Nascido em São Borja, cidade localizada no Rio Grande do Sul, o militar, advogado e político se tornou presidente por meio da Revolução de 1930. Com um governo centralizador na primeira passagem, ele foi forçado a renunciar o cargo quinze anos depois de ter assumido. Getúlio Vargas se suicidou em 1954, durante uma crise política que o país enfrentava.
Eurico Gaspar Dutra presidiu o Brasil de 1946 a 1951. O governo dele foi o primeiro no período conhecido como República de 1946 ou Quarta República, após a Era Vargas. A época ficou conhecida como o primeiro período democrático do país. O mandato ficou marcado por uma política externa alinhada com os interesses norte-americanos. Outro destaque foi para o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética. Inclusive, o governo de Dutra perseguiu comunistas no Brasil.
José Linhares esteve na cadeira presidencial durante três meses entre 1945 e 1946. Ele, que na época era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou ao cargo após convocação das Forças Armadas. Isso porque Getúlio Vargas tinha acabado de ser derrubado. Como não havia vice-presidente no Estado Novo e o Congresso estava fechado há mais de sete anos, desde o início do regime, Linhares era o primeiro sucessor. O governo dele ficou marcado pela criação do Fundo Rodoviário Nacional, que existiu até 1998, financiando os estados na construção de rodovias, e pelas polêmicas nomeações de parentes a cargos públicos.
Washington Luís foi presidente do Brasil de 1926 a 1930. Ele foi o último mandatário da República Velha e construiu rodovias e enfrentou a crise econômica mundial de 1929 e a ruptura com a antiga política do café com leite. Washington Luís foi considerado um presidente “moderno”. Isso porque quando era prefeito de São Paulo e governador do estado incentivou o desenvolvimento de técnicas de racionalização administrativa, o gerenciamento técnico-científico e impulsionou outras ciências, como a historiografia, museologia, ciências sociais, estatísticas e censos, além de apoio às manifestações esportivas e culturais.
Artur Bernardes governou o país de 1922 a 1926. A gestão dele ficou marcada pela crise do regime político oligárquico e a repressão às oposições ao regime. Entre os principais acontecimentos no seu governo foram o tenentismo, a Revolução Gaúcha, a repressão ao movimento operário e a Semana de Arte Moderna. Ele iniciou a carreira política como vereador e presidente da Câmara de Viçosa, em Minas Gerais. Além disso, foi deputado federal e secretário de Finanças de Minas Gerais.
Epitácio Pessoa assumiu à Presidência de 1919 a 1922. Relatos da época apontam que a vitória dele ocorreu de forma manipulada pelas oligarquias. O governo de Epitácio ficou marcado como um dos mais conturbados da República Velha. O presidente tentou implementar uma política de controle de gastos. Contudo, ele teve que se render ao plano. Os estados e os cafeicultores tinham interesses na política de retenção do café para manter o preço estável.
Delfim Moreira ocupou a cadeira presidencial interinamente de novembro de 1918 a julho de 1919. Ele foi eleito vice-presidente na chapa de Rodrigues Alves. A chegada ao cargo ocorreu depois que Rodrigues Alves morreu, vítima da Gripe Espanhola. No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz, em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito presidente em 13 de maio, em disputa com Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência. Seu curto mandato ficou marcado por vários problemas sociais.
Venceslau Brás foi presidente do Brasil por um mandato, de 1914 a 1918. Ele também era da política do café com leite, característica da República Velha. Um fato que marcou seu governo foi a sanção do primeiro Código Civil brasileiro, aprovado pelo Congresso em 1915. Além disso, durante o mandato de Venceslau, o Brasil decidiu entrar na 1ª Guerra Mundial. Contudo, o país apenas enviou médicos e um grupo expedicionário para patrulhar parte da costa africana e o Atlântico Norte.
Hermes da Fonseca governou o Brasil de 1910 a 1914. Primeiro gaúcho a presidir o país, ele foi um dos três únicos militares que chegou à Presidência da República de forma direta e eleitoral. Os outros dois foram Eurico Gaspar Dutra e Jair Bolsonaro. Durante todo o seu mandato andou fardado, inclusive durante as reuniões ministeriais. Uma curiosidade do seu mandato é que foi editado um decreto instituindo o uso da faixa presidencial no Brasil, sendo o próprio Hermes da Fonseca a ser o primeiro presidente a usá-la e o primeiro a passá-la a seu sucessor. Desde então, todos os presidentes a recebem durante a cerimônia de posse.
Nilo Peçanha comandou o Brasil após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 1909, até 15 de novembro de 1910. Ele é considerado como o primeiro presidente pardo da história do país. O governo dele criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), antecessor da Fundação Nacional dos Índios (Funai). Além disso, Nilo Peçanha tomou a iniciativa de criar as Escolas de Aprendizes e Artífices, precursoras dos atuais Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefets).
Afonso Pena foi presidente do Brasil de 1906 a 1909. Ele elegeu-se presidente com quase a totalidade dos votos. No comando, viabilizou o intercâmbio de diferentes unidades monetárias, expandiu o sistema ferroviário e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico. Afonso Pena morreu no exercício do cargo, em 1909, sendo sucedido por Nilo Peçanha. Em relação a carreira política, ele começou durante o Império, exercendo vários cargos, incluindo de presidente de Minas gerais, legislador, presidente do Banco da República e ministro de Estado.
Rodrigues Alves governou o país entre 1902 e 1906. Ele foi eleito duas vezes presidente da República, cumprindo integralmente o primeiro mandato – 1902 a 1906, mas faleceu antes de assumir o segundo mandato – que deveria se estender de 1918 a 1922. Em 1913, Rodrigues Alves foi diagnosticado com anemia perniciosa, vindo a tirar períodos de repouso no Guarujá e se licenciando dos trabalhos entre 1913 e 1915.
Campos Sales assumiu o cargo presidencial de 1898 a 1902. Ele começou na carreira política como deputado provincial de 1867 a 1871, vereador em 1872, senador em 1891, no entanto renunciou ao cargo para se tornar governador do estado de São Paulo. As principais ações tomadas por Campos Sales foram focadas na recuperação da situação econômica do Brasil, que sofreu com a política do encilhamento do governo anterior, Prudente de Morais.
Prudente de Morais foi o terceiro presidente do Brasil entre 1894 e 1898, tendo sido o primeiro civil a assumir o cargo e o primeiro presidente por eleição direta. Ele representava a ascensão da oligarquia cafeicultora e dos políticos civis ao poder nacional, após um período de domínio do poder executivo por parte dos militares, no qual essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o poder Legislativo.
O segundo presidente do país foi Floriano Peixoto, que exerceu o cargo de 1891 a 1894. O governo dele abrangeu a maior parte do período da história brasileira conhecido como República da Espada. Floriano assumiu a república de forma ilegal após a renúncia de Deodoro da Fonseca, uma vez que com a Constituição de 1891 dizia que deveria ter novas eleições. Mesmo assim houve a posse de Floriano Peixoto, que foi interpretada na época como um retorno à legalidade, contando com o apoio das Forças Armadas, exército, marinha e Partido Republicano Paulista.
O primeiro presidente do Brasil foi Deodoro da Fonseca, que cumpriu mandato de 1889 a 1891. Ele foi uma das figuras centrais da Proclamação da República no país. O primeiro ato do novo governo foi dirigir uma proclamação ao país, anunciando a mudança de regime e procurando justificá-la. Pelo Decreto nº 1, foi adotada, a título provisório, a república federativa como forma de governo da nação brasileira, até que a Assembleia Nacional Constituinte que seria convocada, decidisse a respeito do tema. As províncias do extinto Império brasileiro foram transformadas em Estados federados.
Fonte: jovempan
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