Venda de antigripais triplica em farmácias de Bauru com 4ª onda

O aumento acelerado de casos de Covid-19 ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas diagnosticadas com o vírus Influenza levou à disparada das vendas de medicamentos antigripais nas farmácias de Bauru. Segundo estabelecimentos ouvidos pela reportagem, a procura por estes produtos triplicou entre o fim do ano passado e início de 2022, na comparação com o volume vendido entre novembro e começo de dezembro de 2021.

Diante da alta demanda, inclusive, alguns antigripais e até antibióticos de alguns fabricantes estão em falta em algumas drogarias. Há, também, relatos de rápido consumo dos estoques de testes para Covid-19.

A reportagem consultou cinco estabelecimentos na tarde desta quinta-feira (6) e todos os gerentes ou atendentes ouvidos confirmaram a explosão de vendas de remédios utilizados para o alívio dos sintomas decorrentes da gripes, como coriza, dor de cabeça e febre, com aumento, em menor intensidade, da demanda também por outros medicamentos, como antibióticos, antitérmicos e analgésicos.

De acordo com algumas drogarias consultadas, o crescimento da procura coincidiu com os primeiros dias após o Natal e se mantém em patamar elevado até agora. Um dos funcionários classificou a situação como "absurda" e destacou que muitas farmácias já registram falta de alguns tipos de remédios, especialmente de laboratórios fabricantes que entraram em recesso no fim do ano e ainda não conseguem dar conta de abastecer o mercado no mesmo rimo do aumento da demanda.

"Foi um 'boom' tão grande e tão rápido, que as distribuidoras não conseguiram suprir", relata um funcionário ouvido informalmente pelo JC, sob a condição de não ter a identidade revelada.

ESCASSEZ

A escassez de estoque ocorre em relação a algumas marcas de antigripais, inclusive bastante conhecidas do público, e, de forma mais pontual, também de alguns antibióticos. Em diversos estabelecimentos, faltam, ainda, opções de xaropes, expectorantes e extratos de própolis vermelha.

"Com exceção dos antibióticos, são medicamentos que não precisam de receita médica. As pessoas têm livre acesso, ficam sabendo que determinado produto foi bom para um parente ou conhecido, então, a procura é muito grande", observa um funcionário.

Em outra farmácia, o atendente relata aumento no consumo de outros produtos, como vitamina C, por moradores que desejam prevenir gripes e a própria Covid-19. Em alguns estabelecimentos, também tem sido registrada alta demanda por testes de Covid-19, tanto RT-PCR, que dá o diagnóstico em dois dias, quanto o de antígeno, que tem resultado pronto em cerca de uma hora.

"Nesta semana, estamos recebendo um montante de testes em um dia e, no outro, já acaba. Não conseguimos receber em grande quantidade porque a procura aumentou muito rapidamente em toda a rede e os fornecedores não conseguem abastecer na mesma velocidade", completa.