Os casos de violência nas regiões no entorno das estações do Metrô de São Paulo assustam os usuários. Ao todo, são mais de 90 estações e cinco milhões de usuários por dia utilizando o meio de transporte público em São Paulo. Embora dentro das estações existam seguranças, do lado de fora o cenário é de preocupação. “A minha aula acaba às 22h40, a gente procura vir em grupo, porque falam que é bem perigoso. Não pode ficar dando mole. Agora estou mais tranquila porque estou chegando, mas na hora que estou indo embora é tudo para frente, bem guardado, porque é bem perigoso”, afirma a estudante Camila do Carmo à Jovem Pan News. Quem usa o metrô como principal meio de transporte enfrenta transtornos todos os dias. O José, que trabalha na região da Liberdade, diz que os criminosos estão agindo na presença de qualquer pessoa.
“Tem que ter cuidado, porque os moleques tomam o celular. A molecada aqui não baliza. Vacilou, eles estão levando”, afirmou. A situação é tão dramática que a própria população já encara a violência como algo que pode acontecer com todo mundo, a qualquer momento. A Dona Eli sabe bem como acontecem as situações criminosas. “Acho que todos nós temos que estar atentos ao que está acontecendo, de ficar assaltando, pedindo as coisas, a quadrilha do Pix. Ninguém está mais seguro”, disse. Questionada sobre como se sente com a falta de segurança, Dona Eli fala com tristeza. “Com a idade que tenho não ver investimentos. Mas outubro vem aí.”
*Com informações do repórter Vinícius Rangel