O advogado trabalhista Mozar Carvalho afirmou que a possibilidade de retomada do imposto sindical não seria o melhor modelo para financiar as centrais sindicais. A tributação foi um dos pontos alterados na reforma trabalhista de 2017, que mudou de obrigatória para opcional a contribuição. Segundo reportagem do Jornal O Globo, o Ministério do Trabalho estuda uma proposta para retomar a obrigatoriedade, com a cobrança de até 1% do rendimento anual do trabalhador. O valor seria descontado direto na folha de pagamento e corresponderia a cerca de 3,5 dias trabalhados. Procurado pela Jovem Pan News, o Ministério negou qualquer discussão a respeito da volta do imposto sindical. “O que o ministro tem reafirmado e defendido é a necessidade de uma política de valorização da negociação coletiva e atualização do sistema sindical para tratar das transformações que estão em curso no mundo do trabalho”, declarou a pasta em nota.
Mozar Carvalho reconheceu o papel do sindicato para amparar os trabalhadores. No entanto, ele considera que este não seria o melhor modelo para ajudar a financiar as centrais sindicais. “Subsidiar o sindicato dessa forma é compulsoriamente obrigar aquele que não quer ter o imposto descontado no seu salário, sem poder ter a liberdade da filiação sindical ou não”, explicou o advogado trabalhista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já defendeu publicamente um novo modelo para contribuição sindical. Como mostrou o site da Jovem Pan News, a possibilidade de retomada do imposto sindical gerou mobilização da oposição ao governo nesta segunda-feira, 21.
*Com informações da repórter Camila Yunes.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.