A Rússia bombardeou nesta quarta-feira (17) a cidade de Chernigiv, no norte da Ucrânia, e deixou ao menos 17 mortos. De acordo com o último boletim, 17 pessoas morreram e 78 ficaram feridas, das quais 40 foram hospitalizadas, informou pelo Telegram o prefeito Oleksandr Lomako. O bombardeio causou danos em infraestruturas sociais, um centro educacional, um hospital e 16 edifícios residenciais, segundo as autoridades ucranianas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, culpou os países ocidentais pelo ataque desta segunda, dizendo que ele poderia ter sido evitado se os países aliados tivessem enviado mais sistemas de defesa antiaérea suficiente.
“Isto não teria acontecido se a Ucrânia tivesse recebido equipamentos de defesa antiaérea suficientes e se a determinação do mundo para resistir ao terror da Rússia fosse suficiente”, lamentou o líder ucraniano no Telegram. A entrega de ajuda dos aliados ocidentais da Ucrânia está demorando, em particular o apoio dos Estados Unidos, onde um pacote de assistência a Kiev está paralisado há meses no Congresso devido à oposição republicana em um ano eleitoral.
“A Ucrânia precisa de medidas imediatas para fortalecer sua defesa antiaérea”, disse no X, afirmando que havia informado o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, sobre o bombardeio letal em Chernigiv e outros ataques contra a rede elétrica nas últimas semanas. Chernigiv fica em uma região de mesmo nome na fronteira com Belarus, e ocupada parcialmente no início da invasão russa contra a Ucrânia em 2022, mas não registrou combates violentos nos últimos dois anos, desde a retirada das tropas de Moscou. A Rússia bombardeia a Ucrânia sem trégua com mísseis e drones explosivos, visando em particular as instalações do setor de energia da ex-república soviética.
O prefeito de Chernigiv afirmou à imprensa oficial que o bombardeio atingiu uma área “muito populosa” da cidade, incluindo um edifício civil. Chernigiv, uma das cidades mais antigas da Ucrânia, fundada há quase 1.000 anos, fica 145 quilômetros ao norte da capital ucraniana e tinha 285.000 habitantes antes da guerra. A localidade sofreu danos consideráveis quando os tanques russos avançaram a partir de Belarus para invadir a ex-república soviética em fevereiro de 2022.
*Com informações da AFP
Fonte: jovempan
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