O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou nesta sexta-feira (6) a Cernobbio, no norte da Itália, onde participará de um fórum econômico, depois de uma visita pela manhã à Alemanha, onde pediu “mais armas” a seus aliados. Zelensky, que participou horas antes de uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, tem previsto um encontro com Giorgia Meloni, que deve chegar ao fórum “The European House – Ambrosetti” em Cernobbio no sábado. “Precisamos de mais armas para repelir as forças russas”, insistiu Zelensky na base aérea de Ramstein, no oeste da Alemanha. O presidente ucraniano também fez um apelo para que os aliados cumpram seus compromissos. “O número de sistemas de defesa aérea que não foram entregues é significativo”, criticou. “Precisamos ter esta capacidade de longo alcance, não apenas no território ocupado da Ucrânia, mas também no território russo”, disse, o ucraniano, solicitando o fim das restrições ao uso de armas ocidentais de longo alcance para atacar alvos dentro da Rússia.
A reunião foi organizada pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que aproveitou o evento para anunciar que Washington concederá uma nova ajuda militar de 250 milhões de dólares (1,39 bilhão de reais) a Kiev. A nova ajuda militar americana incluirá munição para lançadores de foguetes de precisão HIMARS, munição de artilharia e armas antitanque e antiaérea, informou uma fonte do Departamento de Defesa americano que pediu anonimato. O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, que se opõe à ajuda ocidental à Ucrânia para se defender da agressão russa, também participará do fórum. Uma conversa entre Orban e Zelensky ainda não está confirmada, mas o húngaro disse que “é claro” que se encontraria com o presidente ucraniano em Cernobbio, se surgisse a oportunidade.
A reunião na Alemanha coincide com o avanço das tropas russas no Donbass, a bacia de mineração do leste da Ucrânia, parcialmente controlada por separatistas pró-Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, lembrou na quinta-feira que a captura desta região é o “objetivo prioritário” de Moscou. A Ucrânia, invadida por Moscou desde fevereiro de 2022, enfrenta avanços consideráveis das tropas russas no Donbass, região leste do país, e bombardeios devastadores com frequência. O ataque mais recente aconteceu na terça-feira em Poltava, na região central da ex-república soviética, e deixou 55 mortos e mais de 300 feridos.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo
Fonte: jovempan
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