O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (13) que o acordo de segurança de dez anos firmado com os Estados Unidos é uma “ponte” para que seu país ingresse futuramente na Otan. O acordo “estabelece que os Estados Unidos apoiam a futura entrada da Ucrânia na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e reconhecem que nosso acordo de segurança é uma ponte para a entrada da Ucrânia na Otan”, disse ele em uma coletiva de imprensa junto com o presidente dos EUA, Joe Biden, em uma cúpula do G7 na Itália. O líder ucraniano foi convidado pela primeira-ministra Giorgia Meloni para se juntar a sessão especial dedicada à guerra da Ucrânia, na presença do chefe de Estado americano, Joe Biden, e os líderes de França (Emmanuel Macron), Alemanha (Olaf Scholz), Canadá (Justin Trudeau), Japão (Fumio Kishida) e Reino Unido (Rishi Sunak). Durante o encontro as sete nações mais desenvolvidos economicamente – e a União Europeia que participa como oitavo membro -, os líderes chegaram a um acordo para um crédito de 50 bilhões de dólares (quase 270 bilhões de reais) para a Ucrânia, financiado com os ativos russos bloqueados pelo Ocidente.
“Confirmo a vocês que chegamos a um acordo político para oferecer um apoio financeiro adicional à Ucrânia de aproximadamente 50 bilhões de dólares até o final deste ano”, disse Meloni, cujo país é o anfitrião da cúpula do G7 que está sendo realizada no sul da Itália. Em um discurso no luxuoso resort de Borgo Egnazia, na região de Apúlia, onde acontece a reunião, Zelensky agradeceu os líderes pelo apoio e disse que este servirá “tanto para a defesa como para a reconstrução”. Contudo, pediu aos aliados de Kiev para irem além e confiscar os ativos congelados da Rússia, uma opção descartada pela União Europeia até agora por temor de suas consequências nos mercados internacionais. Também voltou a pedir mais sistemas de defesa aérea para contrapor a ofensiva russa iniciada em 2022.O plano para a Ucrânia pretende utilizar os rendimentos de juros gerados pelos quase 300 bilhões de euros (325 bilhões de dólares, 1,75 trilhão de reais) de ativos russos congelados pelos aliados ocidentais após a invasão de fevereiro de 2022, como garantia para a concessão do crédito de 50 bilhões de dólares. O plano é complexo e ainda restam dúvidas sobre o que aconteceria se os ativos russos fossem liberados, no caso de um hipotético acordo com a Rússia, ou quem assumiria o risco em caso de não pagamento.
Publicado por Sarah Américo
*Com informações da AFP
Fonte: jovempan
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